Sabará
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Cachaça, pão de queijo e outras delícias à mesa são indiscutivelmente alguns dos atrativos mais notórios de Minas Gerais. Mas, como um bom livro, trata-se apenas de um delicioso capítulo da rica história desse Estado, formoso em diversas nuances e tão presente e importante na história do Brasil.
O município de Sabará, portanto, recebe seu devido destaque a quem deseja desbravar a questão histórica e colonial do país, delimitando Minas Gerais para o roteiro de viagem. A cidadã foi fundada em 1675 ainda sob a condição de povoado, após um arraial de bandeirantes que chegaram à região para fazer fama e fortuna – enquanto outros fizeram a sua miséria – durante a corrida do ouro que tomou conta da época.
Antes conhecida como Sabarabuçu, virou Sabará e passou a ser reconhecida como cidade em 1838, sendo um destino atraente e digno de uns bons dias reservados à exploração das suas ruas e arquitetura preservada do período colonial. Por isso, a visita à Sabará é considerada uma viagem geográfica e temporal, com grande destaque às edificações de séculos já vividos, como casarões e igrejas – essas em estilo barroco –, praças largas e um centro histórico capaz de manter o viajante estático por longos minutos, em minuciosa apreciação.
Detalhe importante: Sabará fica bem próximo da capital de Minas Gerais, Belo Horizonte, não chegando a 25 quilômetros a distância entre ambos, o que permite um planejamento preciso para o seu roteiro de viagens.
O que fazer em Sabará
Da Rua Pedro II, antes sinalizada como Rua Direita, já se tem ideia do que encontrar em Sabará: antigos casarões enfileirados pelas suas vias, em franca exibição e apreciação de locais e visitantes. Um bonito museu ao ar livre, contando histórias em tijolos sobrepostos e um competente trabalho de preservação.
Há, também, igrejas de importância histórica e arquitetônica, com privilegiados detalhes em barroco dando o ar da graça nos edifícios. Tudo isso complementado por uma visita ao Museu do Ouro, que fornece uma narrativa mais aprofundada e explícita dos dias de ouro – com o perdão do trocadilho – que a cidade já viveu.
Confira, abaixo, uma lista de afazeres a quem chega com malas e expectativas prontas em Sabará:
Igreja de Nossa Senhora do Ó
Por fora, não intimida um visitante a acolher sua curiosidade portas adentro, não se assemelhando a nada mais senão uma singela capela. Os que se deixam guiar pelo interior da igreja de Nossa Senhora do Ó, entretanto, não se arrependem. Os detalhes em barroco, como arcos, colunas ornamentadas por dragões e ouros elementos conduzem a visita visual, contando até mesmo com uma pintura do Menino Jesus, inspirada em um ritual judaico.
Igreja de Nossa Senhora do Carmo
Aleijadinho responde por grande parte das obras que adornam esta igreja, como a balaustrada de jacarandá, imagens diversas (São Simão Stock e São João da Cruz são dois exemplos) e o conjunto do coro, entre outros. Vale uma dedicada exploração para saborear os detalhes artísticos que se abrigam ali.
Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos
Do lado de fora, ruínas. E é nesse charme de aparência inacabada que a igreja esconde, por trás da sua muralha gasta, uma antiga capela de taipa, datada do ano de 1713. Lá, também, se esconde o Museu de Arte Sacra, com artigos religiosos dos séculos XVIII e XIX.
Matriz de Nossa Senhora da Conceição
Rococó, influência lusitana ou de estilo nacional, o barroco se faz presente na ornamentação desta igreja, com tons dourados adornando do altar às suas espessas colunas. Mas os protagonistas históricos do interior do templo são a pia batismal, cuja autoria pertence a Aleijadinho, e uma imagem em tamanho natural do Cristo da Coluna, datada do século XVIII.
Museu do Ouro
Localizado na rua da Intendência, este casarão do ano de 1730 abriga grande variedade de objetos relacionados ao Ciclo do Ouro, com itens diversos de quem viveu do ofício, além de amostras de minérios, entre outros. Outros itens enriquecem a visita, como mobília de época, por exemplo, e uma imagem de Sant´ Ana Mestra, cuja autoria foi atribuída a Aleijadinho.
Solar do Padre Correia
Uma capela e seu altar folheado a ouro são detalhes do prédio com idade que remonta ao período colonial, e que hoje funciona como sede da Prefeitura de Sabará.
Teatro Municipal
Espetáculos são realizados na casa, de estilo italiano, até hoje. São mais de 200 cadeiras divididas em três galerias e um pomposo currículo de ilustres visitas, ao longo dos anos, como D. Pedro I e D. Pedro II.
Chafariz de São José
O único que ainda fornece água potável, na cidade. Para se fortalecer, moradores juram e alertam os visitantes que quem bebe das suas águas, invariavelmente do motivo, regressa à cidade, futuramente.
Quando ir à Sabará
Calor e chuvas, no verão, e um tempo de bons calafrios, porém seco, nas estações frias. Estando próximo à capital, o clima em Sabará não difere tanto de Belo Horizonte, sendo um atrativo a qualquer dia do ano. Tudo depende das expectativas e planos de cada viajante.
Sabará recebe mais turistas, principalmente, nas épocas de dois festivais gastronômicos: o da Jabuticaba e o do Ora-pro-nóbis. No resto do ano, o belo museu a céu aberto que se exibe aos visitantes está aberto e sempre convidativo.
Como Chegar em Sabará
- De avião
Estando a cerca de 25 quilômetros de Belo Horizonte, a capital de Minas Gerais, recomenda-se desembarcar por lá – iniciando o seu roteiro por ali mesmo, quem sabe?
- De carro
Se o ponto de partida for a vizinha Belo Horizonte, o acesso é feito pela avenida Cristiano Machado (sentido Vitória). Caso o visitante seja de São Paulo, siga a BR-381 até Belo Horizonte, seguindo as instruções rodoviárias a partir do anel rodoviário da capital. Vir do Rio de Janeiro exige quilometragem pela BR-040 até a capital mineira e, a partir dali, seguir as instruções rodoviárias no mesmo anel que converge as intenções paulistas de conhecer Sabará. Já por Vitória, o acesso é feito pela BR-262.
- De ônibus
Procure por companhias diretamente da capital mineira. É uma viagem rápida e que parte do terminal rodoviário com frequência.
Informações Úteis de Sabará
Se estiver em Sabará, algumas informações são bastante úteis durante seu passeio.
A começar, o DDD é 31. Para informações de turismo, o site www.sabara.org.br possui diversas opções.
Outros telefones úteis também podem ser da rodoviária local (3671-5444) ou de informações turísticas (3671-1403).