Laguna
Nesta página, você vai encontrar:
Veja também:
“Eu tinha encontrado um tesouro proibido, mas um tesouro de grande valor." Assim se referiu Giuseppe Garibaldi à Ana Maria de Jesus Ribeiro no primeiro encontro do casal que trilharia uma vida de lutas e revoluções. Ana Maria, depois Anita Garibaldi, nasceu em Laguna, típica cidade de colonização açoriana no litoral de Santa Catarina, que mistura belezas naturais e muita história.
Antes mesmo de ser berço da “Heroína dos Dois Mundos” (em 1821), chamada assim pelo fato de Anita ter lutado por liberdade no Brasil e na Europa, Laguna foi referência para a assinatura do Tratado de Tordesilhas, que separava as terras entre Portugal e Espanha, em 1676. Além disso, foi palco da Revolução Farroupilha e capital da então proclamada República Juliana, independente do Império Brasileiro, que tendo duração de apenas 4 meses foi um marco para a cidade.
Os fatos inesquecíveis ocorridos na cidade estão expostos no Museu e na Casa de Anita Garibaldi, no Centro Histórico, tombado como patrimônio pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que também abriga outras 600 construções e monumentos típicos portugueses, como a Casa Pinto D´Ulysséa, o Mercado Público, a Fonte da Carioca e a Igreja Santo Antônio dos Anjos, onde Anita se casou pela primeira vez, ainda muito nova com Manuel Duarte de Aguiar.
Mas os atrativos de Laguna não vivem apenas do passado. A cidade, localizada à foz da Lagoa de Santo Antônio, dispõe de férteis lagos onde a pesca é a atividade principal. Com o auxílio dos botos, os pescadores enchem as redes de tainha, o peixe mais conhecido na região. À noite, as lagoas se iluminam com os barcos da pesca artesanal de camarão, que usam a luz para atrair os crustáceos.
Já as 16 lindas praias com águas calmas e limpas são os pontos principais dos turistas no verão, com destaque para a Mar Grosso (a maior e ponto principal do eleito melhor carnaval de Santa Catarina), a Praia do Gravatá (mais tranquila), a Ipuã (um recanto) e a do Farol (point dos surfistas). Além da diversão nas praias, é imperdível, entre os meses de junho a novembro, observar as baleias francas, que vem procriar nas águas de Laguna.
Interessante conhecer o Farol de Santa Marta, um dos mais antigos e o 3º de maior alcance do mundo, o Morro da Glória, com uma vista panorâmica da região, a misteriosa Pedra do Frade e as trilhas dos sambaquis, que resgatam a vida indígena antes da colonização europeia.
Passar uma temporada em Laguna é ter muitas histórias para contar.
O que fazer em Laguna
Laguna é pura história.
Comece visitando e conhecendo mais da região e do Brasil no Centro Histórico, com o Museu e a Casa de Anita Garibaldi, que abrigam documentos, fotos e objetos de época.
Imagine o casamento de Anita na Igreja Santo Antônio dos Anjos e depois passeie pelo Jardim Calheiros da Graça e pelas cerca de 600 construções e monumentos típicos portugueses, como a Casa Pinto D´Ulysséa, o Mercado Público, as Docas e a Fonte da Carioca.
Aproveite os dias ensolarados para relaxar ou se divertir em uma das 16 belas praias de Laguna ou, para os amantes da pescaria, ter uma ajudinha especial dos botos para a pesca da tainha, ou da luz de lampiões para capturar camarões na Lagoa Santo Antônio.
Visite também a Pedra do Frade, que desafia a lei da gravidade, o antigo Farol de Santa Marta, o Morro da Glória e siga pela trilha dos sambaquis. Para fechar a visita saboreie os pratos típicos de Laguna a base de frescos pescados. Passeio histórico e inesquecível.
Marco de Tordesilhas
Laguna já tinha história antes mesmo de ser cidade. Em 1494, Portugal e Espanha delimitaram territórios por meio do Tratado de Tordesilhas e o limite sul passava por Laguna.
Portugal e Espanha, colonizadores da América, precisavam delimitar o território do Novo Mundo. Assim, em 1493 assinaram o acordo ‘Bula Inter Coetera’. Entretanto, o Rei Dom João II de Portugal achou injusta a divisão e pediu novo acordo. Firmaram então, em 07 de julho de 1494, o Tratado de Tordesilhas, que ganhou este nome devido à cidade onde foi realizada a assinatura: Tordesilhas, ao norte da Espanha.
O Tratado de Tordesilhas delimitava o território por meio de uma linha imaginária, que passava a 370 léguas do Arquipélago de Cabo Verde, sendo as terras a oeste pertencentes a Portugal e a leste, a Espanha. Ao norte a linha passava por Belém, no Pará, e ao sul em Laguna.
E para relembrar a história, em 1975, Laguna inaugurou um monumento no local onde passaria a linha imaginária, atual Rua Celso Ramos. Hoje, o Marco de Tordesilhas é ponto de parada para fotos.
Museu Anita Garibaldi
Primeira construção da fundação de Laguna e local onde foi proclamada a República Juliana abriga hoje um museu que leva o nome da filha mais ilustre do município: Anita Garibaldi.
O belo prédio histórico datado de 1735 foi construído para fundação de Laguna. Em 1747 se tornou Paço do Conselho, serviu de cadeia pública (na parte inferior) e de Câmara Legislativa (na superior) e também foi palco da proclamação da República Juliana, em 1839.
Com tanta história, o prédio não poderia ter outro destino: virou Museu Anita Garibaldi em 1949, quando foi fundado pelo Centro Cultural Antônio Guimarães Cabral, em homenagem ao centenário da morte da heroína. Na praça em frente ao museu há uma estátua de 1964 também homenageando Anita.
Atualmente, aberto a visitação diariamente, abriga dentre peças de alto valor histórico e arqueológico, a mesa onde foi assinada a ata da Proclamação da República Juliana, além de outros objetos do velho mundo trazidos pelos colonizadores. No local também está o Sino do Povo, que ditava as regras e horários da população quando da fundação de Laguna, no século XVIII.
Casa de Anita Garibaldi
Anita Garibaldi, a chamada Heroína de Dois Mundos, nasceu em Laguna e lutou durante sua vida por ideais de liberdade. Corajosa, tem sua história lembrada na Casa com seu nome.
A antiga casa que pertenceu aos padrinhos do casamento de Anita, próxima da Igreja de Santo Antônio dos Anjos, ficou famosa por ser o local onde ela se trocou para seu primeiro casamento. Mas, foi com o italiano Giuseppe Garibaldi, seu companheiro de revolução e pai de seus quatro filhos, que Anita construiu sua história.
A casa de 1711 abriga hoje um espaço especial que conta um pouco da breve e intensa vida de Anita Garibaldi, que faleceu na Itália aos 29 anos. Há móveis da época e objetos pessoais, além da urna com terra do Cemitério de Ravena, onde ela foi enterrada.
No local também está o mastro do navio Seival, que foi transportado do Rio Grande do Sul por Giuseppe Garibaldi e virou símbolo da batalha de Laguna.
Casa Pinto D´Ulysséa
Uma típica quinta portuguesa, tombada pelo Iphan como Patrimônio Histórico, a Casa Pinto D´Ulysséa é hoje um espaço de artesanato e cultura de Laguna.
A casa datada de 1866 ganhou este nome devido ao seu antigo dono e construtor, o Tenente Coronel Joaquim José Pinto D´Ulysséa. A construção, localizada na Rua José Tonai, é uma réplica de uma quinta (ou casa de fazenda) portuguesa, muito luxuosa para época no Brasil. É totalmente revestida com os tradicionais azulejos importados de Portugal, por isso também chamada de ‘Casa dos Azulejos’.
A Casa Pinto D´Ulysséa passou por uma restauração em 1982 coordenada pelo IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e foi tombada Patrimônio Histórico junto às demais construções do Centro Histórico de Laguna. Já foi sede da Secretaria da Indústria, Comércio e Turismo e hoje abriga um espaço destinado ao artesanato e cultura de Laguna, chamado ‘Quinta da Cultura’.
Uma típica quinta portuguesa, tombada pelo Iphan como Patrimônio Histórico, a Casa Pinto D´Ulysséa é hoje um espaço de artesanato e cultura de Laguna.
A casa datada de 1866 ganhou este nome devido ao seu antigo dono e construtor, o Tenente Coronel Joaquim José Pinto D´Ulysséa. A construção, localizada na Rua José Tonai, é uma réplica de uma quinta (ou casa de fazenda) portuguesa, muito luxuosa para época no Brasil. É totalmente revestida com os tradicionais azulejos importados de Portugal, por isso também chamada de ‘Casa dos Azulejos’.
A Casa Pinto D´Ulysséa passou por uma restauração em 1982 coordenada pelo IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e foi tombada Patrimônio Histórico junto às demais construções do Centro Histórico de Laguna. Já foi sede da Secretaria da Indústria, Comércio e Turismo e hoje abriga um espaço destinado ao artesanato e cultura de Laguna, chamado ‘Quinta da Cultura’.
Mercado Público e Docas
Um dos cartões postais de Laguna, o Mercado Público e as Docas ficam a beira da Lagoa Santo Antônio, uma das mais belas paisagens da cidade.
O atual Mercado Público de Laguna foi inaugurado em 1957, reconstruindo a edificação original de 1897, destruída em um incêndio em agosto de 1939.
Localizado junto às docas na Lagoa Santo Antônio, é no Mercado Público que se encontram à venda os produtos típicos da região, inclusive os frescos frutos do mar direto dos pescadores.
O local é um dos pontos privilegiados de Laguna para apreciar o belo pôr do sol e a noite a lagoa iluminada pela pesca dos camarões.
Fonte da Carioca
"Quem bebe desta água sempre retorna à Laguna e aos seus amores". Para conferir, só indo à Fonte da Carioca.
Localizada na Rua José Tonai, ao lado da Casa Pinto D´Ulysséa, a Fonte da Carioca foi construída por escravos em 1863, ampliada em 1906 e restaurada em 1990, conservando até hoje os traços portugueses e o revestimento em mármore Carrara. Segundo historiadores, foi devido à nascente de água que ali se encontra que Laguna foi fundada nesta localização.
É conhecida também como Fonte dos Namorados e Fonte da Juventude, pois um conto local diz que as águas enfeitiçam as pessoas que dela bebem, trazendo mais juventude e a certeza de voltar à bela e histórica Laguna. A população abastece os galões de água fresca e potável na Fonte e dizem se sentir mais jovens e não querer se mudar de Laguna. Vale testar os poderes da água!
Igreja Santo Antônio dos Anjos
Com o Santo Padroeiro de Laguna no altar principal, a Igreja Santo Antônio dos Anjos presenciou muitos acontecimentos da antiga vila e hoje município. Parada certa para quem quer casar.
Em 1696, Domingos de Brito Peixoto, fundador de Laguna, construiu uma capela de pau a pique, que foi substituída em 1735 por uma construção mais resistente. Assim, a Igreja de Santo Antônio dos Anjos ganhou um altar principal entalhado em 1803, que abriga a imagem do padroeiro da cidade, Santo Antônio, esculpida em cedro na Bahia. As suas torres foram edificadas anos depois, em 1894. Em seu interior, quatro altares laterais e a Capela do Santíssimo, toda folheada em ouro, impressionam pela magnitude e detalhes. A pia batismal, em forma de esfera, é um único bloco de pedra, destacando-se pelo trabalho artesanal. O relógio data de 1935 e a tela da Imaculada Conceição "La Madonna" é de 1856, do pintor catarinense Victor Meirelles.
A matriz abriga ainda os restos mortais de seu construtor, Domingos de Brito Peixoto, e foi a Igreja onde Anita Garibaldi, ainda Ana Maria de Jesus Ribeiro, com 14 anos, se casou com Manoel Duarte de Aguiar, seu primeiro esposo que a abandonou quando se alistou no exército.
Jardim Calheiros da Graça e a Árvore de Anita
No Centro Histórico, a Praça Vidal Ramos emoldura o Jardim Calheiros da Graça e abriga a chamada “Árvore de Anita”, figueira que nasceu dos destroços do navio Seival.
O Jardim Calheiros da Graça foi inaugurado em 1915 e faz parte da Praça Vidal Ramos no Centro Histórico de Laguna. O belo jardim é composto de árvores antigas, que foram trazidas de navios do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, e um belo chafariz de época, revitalizado pelo Iphan - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
A Praça também abriga uma figueira considerada uma homenagem à Anita Garibaldi. No fim dos anos de 1910, Antônio Joaquim de Sousa observou que na quilha dos destroços queimados do navio Seival, que pertenceu a Giuseppe Garibaldi, crescia uma figueira (hoje bem velha), que foi transplantada e virou tributo à personagem mais famosa de Laguna.
Lagoa Santo Antônio, Lagoa do Imaruí e Lagoa Mirim
Cortando Laguna com suas águas, as Lagoas Santo Antônio, do Imaruí e Mirim são férteis fornecedoras de pescado, camarões e siris. Para os amantes da pescaria, um prato cheio.
Atividade econômica da cidade, a pesca também é um atrativo bastante procurado em Laguna. As Lagoas de Santo Antônio, do Imaruí e Mirim cortam e embelezam a cidade, principalmente no pôr do sol. É nestas lagoas que pescadores passam horas enchendo as redes com peixes ou camarões fresquinhos que servem aos restaurantes locais.
Duas formas de pesca são bastante conhecidas e curiosas: pesca da tainha com a ajuda dos botos e a pesca noturna de camarões.
Pesca com Botos
Tradicional em Laguna, a pesca com a ajuda dos botos atrai vários pescadores e também curiosos, pois em apenas dois outros lugares do mundo é realizada esta prática: Austrália e África do Sul.
O boto da espécie Tursiops truncatus, similar a um golfinho, é conhecido na região como boto-de-tainha e foi declarado Patrimônio Natural de Laguna. Nascem e vivem na Lagoa Santo Antônio e têm contato frequente com humanos, sendo conhecidos inclusive pelos nomes: Taffarel, Juscelino, Chinelo, Borrachinha, e tratados com muito carinho pelos pescadores.
Na pesca, os botos reúnem as tainhas por movimentos circulares e as empurram para perto dos pescadores. Quando o cardume está junto, os botos pulam acima da água e os pescadores lançam as redes. Com isso, algumas tainhas ficam presas nas redes e outras escapam solitárias, virando alimentos fáceis dos botos. Parceria benéfica para ambos.
A pesca ocorre durante o ano todo, mas são nos meses de abril a julho que a tainha é mais abundante e a pesca mais emocionante.
Pesca Artesanal do Camarão
Um produto forte da região, o ‘Camarão de Laguna’ é reconhecidamente um dos melhores do Brasil. A pesca em alta escala é realizada o ano todo por meio da técnica de iluminação noturna, que atraem os crustáceos facilitando a captura. Com as luzes, a Lagoa fica lindamente iluminada e pode ser vista desde a BR 101, identificando Laguna ao longe.
Molhes da Barra
Local procurado pelos pescadores, os Molhes da Barra proporcionam momentos de tranquilidade com a cidade de cenário ao fundo.
Pontão construído onde as águas das Lagoas Santo Antônio e Imaruí encontram o mar, os molhes da Barra possuem 1 km de extensão cada e tem acesso fácil para carros.
No local é de praxe encontrar muitos pescadores utilizando a técnica de pesca com ajuda dos botos. Em dias de boas ondas, é também ponto de surf.
Farol de Santa Marta
Com 29 metros de altura, o Farol de Santa Marta é considerado um dos mais antigos do mundo e o 3º maior em alcance. Grandioso, guia as embarcações no litoral de Laguna.
Construído pelos franceses em 1891, o Farol de Santa Marta localiza-se no Cabo de Santa Marta, a 17 km do centro de Laguna. Imponente, se destaca das belezas naturais do local, que possui uma bela visão do pôr do sol.
Os 29 metros de altura, no topo do morro com 28 metros acima do nível do mar, proporcionam uma altitude de foco de 74 metros e alcance geográfico de 22 milhas náuticas (em torno de 42 km), o que o faz ser o maior farol das Américas e o 3º maior em alcance do mundo.
Considerado também um dos mais antigos, o Farol teve como matérias primas de sua edificação pedras, areia, barro e óleo de baleia para fazer uma espécie de argamassa. Quando inaugurado, usava-se querosene para iluminação e apenas em 1941 que recebeu energia elétrica, que guia até hoje as embarcações com seus sinais a cada 15 segundos. A escada em caracol com 142 degraus desafia a resistência para subir ao topo.
Para chegar ao farol é preciso realizar uma travessia de 1 km de balsa a partir de Laguna até Cabo de Santa Marta. Após, há uma estrada de 20 km de estrada de chão até o Farol. Infelizmente, o acesso à torre e as casas da estrutura do farol está proibido pela Marinha, mas para quem visita as praias de Cigana, Cardoso ou Gravatá é passagem obrigatória.
Morro da Glória
De braços abertos, Nossa Senhora da Glória recebe os visitantes de Laguna do ponto mais alto da cidade. Quem vai até lá tem uma bela vista panorâmica das praias e do centro histórico.
O Morro da Glória é o ponto mais alto de Laguna, com 126 metros de altura. Do mirante é possível avistar a bela paisagem local, das praias e lagoas às antigas construções do centro histórico. No seu topo está localizada a imagem de Nossa Senhora da Glória, com 14 metros de altura, construída em 1953 pelo casal de escultores alemães, Alfredo e Elisa Faccio Staege. Os devotos que recebem graças fixam placas e azulejos aos pés do monumento em agradecimento.
O alto do Morro é facilmente acessado de carro via Rua Vinte e Dois de Junho, toda asfaltada.
Pedra do Frade
Como esta pedra foi parar aí? Esta é a pergunta mais frequente de quem visita a intrigante Pedra do Frade, que desafia a gravidade. Visite e tente achar uma explicação.
Um dos pontos mais visitados de Laguna, localizado no final da Praia do Gi, a Pedra do Frade gera curiosidade dos turistas e também da população local, pois ainda não há uma explicação oficial e verdadeira de como ela foi parar naquela posição.
A Pedra do Frade possui 9 metros de altura e 5 metros de diâmetro, em formato retangular, e no alto há outro pedaço de rocha, menor, que se equilibra sobre a primeira, e ambas ficam inclinadas em relação ao solo. Ganhou este nome pela similaridade com um frade franciscano.
Pesquisadores relatam duas versões sobre a pedra: a primeira de que índios que habitavam a região 3 mil anos antes da colonização colocaram a pedra desta forma para servir de ponto de referência. Já a outra, mais aceita e conhecida, relata que a Pedra do Frade era o marco oficial da divisão territorial do Tratado de Tordesilhas, entre Portugal e Espanha.
Entretanto, há quem acredite que foram os extraterrestres que a colocaram ali e quem abraçar a Pedra do Frade receberá boas energias. Vale a tentativa.
Trilha dos Sambaquis
Sítios arqueológicos contam a história pré-colonização de Laguna, com muitos artefatos e objetos deixados pelos povos que ali habitaram.
Sambaqui, da língua tupi, significa ‘monte de conchas’, e são depósitos formados por materiais orgânicos e calcários, que empilhados ao longo do tempo sofreram um processo de fossilização. Conhecidos também como cascais, concheiros, casqueiros e berbigueiros mostram um pouco dos hábitos alimentares e costumes dos povos da pré-colonização europeia.
Considerados e preservados como sítios arqueológicos, se localizam por toda costa do Oceano Atlântico, e os mais importantes no Brasil estão em Laguna e na cidade vizinha de Jaguaruna, contabilizando um total de 42 sambaquis.
Com diferentes alturas e tamanhos, os sambaquis de destaque na região são o Garopaba do Sul, o Jaboticabeira e os Figueirinha I e II. Muitas peças encontradas nestes sambaquis estão expostas no Museu Anita Garibaldi.
Curiosidade: em 2010 foi realizada uma análise de camadas intermediárias do sambaqui Figueirinha I e estas datavam de 2.510 a.C. Hoje o sambaqui teria apenas dois terços do tamanho original.
Praias de Laguna
Praia de Itapirubá
Belas praias, dunas e lagoas. Este é o cenário da Praia de Itapirubá, que ainda permite uma vista panorâmica da pequena baía de Laguna e da linda Ilha das Araras.
Localizada na divisa com o município de Imbituba, ao norte de Laguna, a Praia de Itapirubá tem 12 km de extensão, com larga faixa de areia fina e branquinha, que contrasta com o mar esverdeado.
A Praia possui boa infraestrutura hoteleira e de restaurantes e é bastante procurada por surfistas e turistas de veraneio.
A Ilha das Araras, pertencente à Imbituba, dista 11 milhas da costa, não é habitada e possui uma área de reserva de quase 97 mil m². É frequentada por mergulhadores e praticantes de esportes náuticos.
Praia do Sol
Com grande faixa de areia dourada e mar agitado com boas ondas, a Praia do Sol é o local para praticar esportes, ou simplesmente relaxar.
Situada ao norte da Praia do Gi, a 12 km do centro histórico de Laguna, a Praia do Sol está se desenvolvendo para o turismo e ainda não oferece infraestrutura, sendo até possível chegar de carro a beira mar.
Praia de águas agitadas, areia batida e muita tranquilidade, é bastante procurada na alta temporada para descanso e também pelos praticantes de esportes, tanto na água, com surf e bodyboard, quanto na areia, com vôlei e futebol, ou simplesmente para fazer uma caminhada às margens das ondas.
Praia do Gi
Uma das mais frequentadas praias de Laguna, a Praia do Gi impressiona pelas águas cristalinas, pedras e vegetação rasteira, formando um belo cenário para banhos de mar.
Localizada a 8 km do centro histórico de Laguna, a Praia do Gi tem 6 km de extensão, terminando em um pequeno morro de rochas. É lá onde está a enigmática Pedra do Frade, desafiando a lei da gravidade.
Possui uma larga faixa de areia onde é possível estacionar com os veículos, que compartilham espaço com os turistas e guarda-sóis.
Ponto alto dos surfistas, a Praia do Gi é dividida pelos praticantes em lado norte, chamado de Pico do Cavalinho, e lado sul, com o Pico da Baleia, com boas e constantes ondas.
Praia do Iró
Exótica pela formação de granito cor de rosa que avança em direção ao mar, a Praia do Iró encanta os visitantes.
A Praia do Iró é uma pequena faixa de areia que separa as praias do Gi e de Mar Grosso. Não possui infraestrutura na orla, sendo frequentada por surfistas e praticantes de pesca de arremesso e caça submarina. Chama atenção, principalmente, pela rara estrutura de granito cor de rosa que emoldura a paisagem e segue mar adentro, deixando o local ainda mais bonito.
Praia do Mar Grosso
Com a maior infraestrutura turística de Laguna, a Praia do Mar Grosso é point no verão de milhares de visitantes. Atrativos para o dia e para noite.
A Praia do Mar Grosso é a mais central das praias de Laguna. Possui 3 km de extensão, com a melhor infraestrutura turística da cidade, concentrando hotéis, pousadas, campings, casas de veraneio, restaurantes, bares e casas noturnas.
Com larga faixa de areia, a Praia do Mar Grosso é propícia para banhos de sol e mar, atividades na areia, como caminhadas, vôlei, futebol e frescobol e também esportes na água. Ao norte faz divisa com a Praia do Iró, onde existe uma formação rara de granito cor de rosa, deixando a paisagem mais exótica. Da Praia do Mar Grosso é possível avistar a bela Ilha dos Lobos.
No pós-praia, à noite, a orla é espaço de encontro de jovens nos bares e casas noturnas, que agitam a madrugada. Para os que gostam de dormir cedo, uma agradável caminhada pelo calçadão é convidativa após o jantar em um dos vários restaurantes da orla com pratos a base de frutos do mar.
Ilha dos Lobos
Avistada da Praia do Mar Grosso, a Ilha dos Lobos é uma reserva de vegetação nativa e deserta. Para os exploradores, lugar ideal para um passeio.
A Ilha dos Lobos ganhou este nome devido a diversos lobos marinhos que ali viviam. Distante uma hora de barco da Praia do Mar Grosso, a ilha não habitada é formada de pedras e vegetação nativa e abriga o Farolzinho, que serve de guia para embarcações distantes do continente. Praticantes de mergulho e caça submarina utilizam a ilha como base.
Praia do Tamborete
Desconhecida e escondida, a Praia do Tamborete fica distante e com difícil acesso, mas o cenário recompensa o esforço.
Localizada entre os Molhes e o Morro do Atalaia, na Ponta da Barra, a Praia do Tamborete é pouco frequentada pela relativa dificuldade de acesso, pois é necessário pegar uma balsa que cruza a Lagoa Santo Antônio, passando pelos Molhes, e caminhar um pouco por uma trilha com escadarias até a areia. São 14 km do centro histórico de Laguna.
Entretanto, o esforço de chegar até lá compensa pela linda praia, com costões de pedras e vegetação típica litorânea. Do alto do Morro do Atalaia, acessado por uma trilha, é possível avistar as praias da região.
Há outro caminho para chegar à praia, via SC 100: antes da balsa entra à direita, passa pela vila da Ponta da Barra e segue até o final. Dali uma trilha até a praia. Não há infraestrutura turística, nem estacionamento para veículos.
Praia de Gravatá
Uma pequena enseada com clima de praia deserta: assim é a Praia de Gravatá, que com difícil acesso atrai os aventureiros de plantão.
Mar azul, areia dourada, águas cristalinas e poucas ondas, a Praia de Gravatá pode ser longe e difícil de chegar, mas o cenário de paz e tranquilidade recompensa qualquer esforço.
Localizada após a Praia do Tamborete, tem seu acesso apenas por balsa e trilhas. Uma das mais conhecidas é a Trilha dos Butiazeiros, com início na Ponta da Barra, onde no trajeto é possível encontrar o Butiá, famosa árvore nativa da região. Se tiver em março ou abril, experimente o saboroso frutinho.
Praia do Manelome
Deserta e com difícil acesso, a Praia do Manelome é a preferida dos surfistas que vão atrás das ondas provocadas pelo vento nordeste.
A Praia do Manelome ou Praia do Siri possui apenas 1 km de extensão, mas muitas belezas naturais. Pela dificuldade de acesso, é praticamente uma praia deserta, ideal para quem procura paz e tranquilidade, longe do agito.
É acessada via Praia do Gravatá, com trajeto por balsa e trilhas. Outra opção é uma caminhada a partir da Praia da Teresa, também com trajeto em balsa a partir dos Molhes
Praia da Teresa
Outro recanto em Laguna, a Praia da Teresa é opção para momentos de tranquilidade em um lindo cenário.
Com estreita faixa de areia clara e o mar límpido e esverdeado, a Praia da Teresa é a escolha de muitos turistas de veraneio na região. Com 1.500 metros de extensão, as águas mornas e sem ondas são ideais para banhos de mar e também para prática da pesca.
Com urbanização recente, existe pouca infraestrutura turística. O acesso é realizado a partir de balsas saindo dos Molhes da Barra.
Praia de Ipuã
Localizada do outro lado dos Molhes da Barra, a Praia de Ipuã é conhecida pelas águas tranquilas e ideais para banho.
Com desenvolvimento urbano recente, a Praia de Ipuã conta com casas de veraneio e alguma infraestrutura de restaurantes. Conhecida também por Ilhota tem o acesso a partir da balsa que sai dos Molhes da Barra.
Praia da Galheta
Com dunas e mar aberto, a Praia da Galheta é preferida de turistas que desejam mais privacidade.
Localizada a 20 km do centro histórico, via balsa a partir dos Molhes da Barra, a Praia da Galheta é o destino preferido de quem quer privacidade e prefere a calmaria de pousadas retiradas.
De urbanização recente, há pousada e casas para aluguel de veraneio, além de alguns restaurantes e lanchonetes. O acesso também pode ser feito pela SC 100, mas são 64 km.
Praia Grande
Diversão na areia é na Praia Grande, que divide a Praia da Galheta e a Prainha do Farol de Santa Marta e possui grandes dunas onde se pratica o sandboard.
Com acesso via balsa a partir dos Molhes da Barra e após a Estrada Geral do Farol, chega-se a Praia Grande, que se destaca pelas dunas onde os turistas se divertem com o sandboard, que consiste em descer as grandes dunas de areia com a utilização de prancha similar à de snowboard.
Prainha
Famosa por ficar próxima do Farol de Santa Marta, a Prainha é pequena, mas com grande beleza natural.
Localizada após a Praia Grande, no Cabo de Santa Marta, possui pequena extensão de areia e é muito frequentada pelos bares e restaurantes à beira mar.
Conhecida também como a Praia do Farol, devido ao Farol de Santa Marta, possui hotéis e pousadas que garantem a tranquilidade dos hóspedes. Para chegar à praia é preciso fazer a travessia de balsa sobre os Molhes da Barra e depois acessar a Estrada Geral do Farol.
Praia do Cardoso
Legítima praia de pescadores, as embarcações fazem parte da paisagem da Praia do Cardoso, que também possui belas dunas que emolduram o continente.
A Praia do Cardoso é localizada na região do Farol de Santa Marta e é de lá que saem as embarcações dos pescadores da comunidade para a pesca em alto mar, retornando com frescos frutos do mar, posteriormente vendidos no Mercado Público de Laguna.
Procurada também pelos surfistas, devido às boas ondas, a praia tem acesso via balsa saindo dos Molhes da Barra e pela Estrada Geral do Farol no continente.
Praia da Cigana
Refúgio do litoral de Laguna, a Praia da Cigana possui areia fofa e mar agitado, ideal para prática de esportes náuticos.
Localizada na divisa com o município de Jaguaruna, ao sul de Laguna, a Praia da Cigana é procurada por praticantes de esportes náuticos como surf, windsurfe e vela, pelas ondas mais fortes, mar agitado e ventos constantes. Muitos pescadores também seguem por mar aberto da Praia da Cigana para pesca.
Para chegar à praia é preciso realizar a travessia via balsa e seguir pela SC 100 (ou Laguna 50) em direção à Jaguaruna.
Quando ir à Laguna
Laguna possui excelente infraestrutura turística e atrações o ano todo. No verão, alta temporada, é muito visitada pelas diversas opções de praia e também pelo famoso Carnaval de rua, considerado um dos melhores carnavais populares do Brasil.
No inverno, a Festa da Tainha, típica da região, atrai muitos turistas nos período de maio a julho, que vem saborear diferentes pratos a base deste peixe, pescado da tradicional forma com a ajuda dos botos nas lagoas Santo Antônio e Imaruí.
A cidade também se agita com a Festa de Santo Antônio dos Anjos, padroeiro da cidade, que acontece no mês de junho, geralmente dos dias 01 a 13 (dia do santo). A festa, que teve origem na época colonial, foi ganhando mais atrativos e hoje, além da procissão e das celebrações litúrgicas, várias barraquinhas de comércio são instaladas no Centro Cultural e Social Santo Antônio dos Anjos, ao lado da Matriz, no centro histórico. Para quem deseja casar, a festa do santo casamenteiro é boa pedida.
Outra atração imperdível no período de junho a novembro é a observação das baleias francas, que vem da Antártida a procura de águas mais quentes para procriar. Esta espécie, em extinção, pode chegar até 18 metros de comprimento e pesar até 40 toneladas e, com os filhotes, se aproxima muito da costa, podendo ser vista a 20 metros da praia. Existe uma Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca delimitada, da qual Laguna faz parte.
Como Chegar em Laguna
Via aérea:
O aeroporto mais próximo de Laguna é o Hercílio Luz, em Florianópolis, a 131 km, que recebe voos diários das principais companhias aéreas brasileiras e algumas internacionais.
Via rodoviária:
Laguna fica às margens da BR 101, rodovia que liga a cidade ao norte (Florianópolis, Curitiba, São Paulo) e ao sul (Porto Alegre). Do interior de Santa Catarina, há duas opções: via rodovia BR 282 até a BR 101 ou descer a belíssima Serra do Rio do Rastro, via SC 438, e seguir até a cidade de Tubarão para pegar a BR 101 no sentido norte.
Saindo de Florianópolis acessar Laguna via BR 101. São 120 km.
Saindo de Porto Alegre acessar a BR 290 em direção a Osório e depois a BR 101 até o trevo de entrada a Laguna. São 348 km.
Via ônibus:
De São Paulo e Curitiba, a empresa Reunidas faz a linha direta para Laguna em dois horários diários, com passagem a R$ 114,78 de SP e R$ 58,97 de Curitiba.
De Curitiba, Porto Alegre ou Florianópolis, a Eucatur tem linhas diretas para Laguna: dois horários com saída de Curitiba a R$ 50,77, quatro horários de Porto Alegre a R$ 59,57 e três horários de Florianópolis a R$ 31,57. De Florianópolis também há a opção pela Santo Anjo, que tem seis horários diariamente para Laguna a R$ 32,19.
Reunidas
Fone: 0800 496161
Site: http://www.reunidas.com.br/novosite
Eucatur
Fone: 0800 455050
Site: https://www.eucatur.com.br/
Santo Anjo
Fone: (48) 3621-5000
Site: http://www.santoanjo.com.br/
Informações Úteis de Laguna
Central de Informações Turísticas
Fone: (48) 3644-2441
Associação Lagunense de Guias de Turismo – ALGTUR
Informações sobre guias credenciados: www.descobrirlaguna.com
Museu Anita Garibaldi
Praça da República Juliana, s/n, em Laguna
Fone: (48) 3646-0533.
Horário de Funcionamento: diariamente das 08 às 12h e das 14 às 18h.
Valor da entrada: R$ 2,00 por pessoa. Há isenção de taxas para estudantes com comprovação.
Casa de Anita Garibaldi
Praça Vidal Ramos, s/n
Horário de Funcionamento: diariamente das 08 às 18h.
Valor da entrada: R$ 1,00 por pessoa.
Casa Pinto D´Ulyssea
Rua José Tonai, s/n
Horário de Funcionamento: diariamente das 09 às 17h.
Valor da entrada: R$ 1,00 por pessoa. Há isenção de taxas para estudantes com comprovação e grupos de estudantes com data marcada na Fundação Lagunense de Cultura pelo fone: (48) 3646-2542.
Centro Nacional de Conservação da Baleia Franca
Praia de Itapirubá (norte) – Imbituba
Fone: (48) 3255-2922
Site: www.baleiafranca.org.br
Horário de Visitas: de terça à sexta das 09 às 12h e das 14 às 18h. Sábados e domingo das 09 às 12h e das 13 às 18h.