Serra da Capivara
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Ir a Serra da Capivara significa visitar o Parque Nacional. É só para isso que os turistas desembarcam em São Raimundo Nonato, cidadezinha a 41 km da Serra e que possui melhor infraestrutura e mais opções de hospedagem. Lá é a porta de entrada para a Serra da Capivara. O parque, designado patrimônio mundial da UNESCO, é dividido em circuitos. O horário de funcionamento é das 06h às 18h. Logo cedo é o melhor horário para as caminhadas em meio às trilhas que podem durar horas e exigir um esforço físico descomunal por entre altos e baixos. Porém, retorne à tardezinha ao menos para visitar o circuito Baixão da Pedra Furada com a bela iluminação noturna que é montada.
Enquanto percorre os trajetos, aproveite para uma bela aula de história sobre a antiga civilização a partir das pinturas rupestres, de até 12 mil anos atrás, fósseis e artefatos usados pelos homens primitivos. Além do acervo arqueológico, observe a paisagem natural formada por cactos, cânions, baixões, serras, formações rochosas, grutas e vales melhor apreciadas do alto de algum mirante. Espécies exóticas da fauna de caatinga também podem ser encontradas, como o mocó, besouro-de-cauda-larga e a lagartixa da serra. Algumas espécies mais comuns como cobra cascavel, preás, iguanas, sapos, águias, araras vermelhas e macacos-prego se esgueiram entre as grutas.
O Museu do Homem Americano é um daqueles lugares que surpreendem pela quantidade de equipamentos modernos como hologramas e projetores sensíveis ao toque que recontam as histórias da civilização americana e os costumes inerentes à população. Alguns objetos fazem referência ao que é visto no parque, são verdadeiras réplicas do passado humano.
Durante o aventureiro passeio, a fome pode bater. Por isso, o Restaurante Trilha da Capivara no povoado Sítio Moco reserva bons pratos caseiros para se empanturrar. Os mais pedidos são galinha caipira, carne de sol e pirão acompanhados por arroz, salada e macaxeira. Os pratos são fartos e os preços justos. A alimentação caprichada é essencial para os cansativos percursos entre os sítios arqueológicos.
O que fazer na Serra da Capivara
Os circuitos compreendidos pelo Parque Nacional da Serra da Capivara são uma beleza a parte. Sempre com um guia ao seu lado, é possível realizar passeios incríveis em meio às antiguidades e desenhos primitivos de até 100 metros de altura.
Os passeios são longos e envolvem trilhas de até 4 horas de caminhada ou em carros 4x4. Os mirantes possíveis dos desfiladeiros e passarelas panorâmicas permitem belas fotos.
O artesanato famoso em todo o país se encontra numa fábrica de cerâmica ao centro, com desenhos que fazem referência às figuras rupestres encontradas nos paredões do parque. Estes objetos também podem ser encontrados no Museu do Homem Americano, onde ficam reproduções em miniatura do que pode ser encontrado no parque no formato original e real.
Museu do Homem Americano
A exposição do Museu do Homem Americano reflete quatro décadas de pesquisas arqueológicas sobre a evolução do homem pré-histórico.
O acervo abriga mais de 50 mil objetos pré-históricos como urnas funerárias, ferramentas, fósseis, objetos domésticos e outros artefatos com inscrições rupestres. Estes objetos foram utilizados há milhões de anos pelas civilizações antigas. Para se ter uma ideia, os seixos queimados em fogueira remontam há 50 mil anos e a machadinha de pedra polida tem 9.200 anos. Os materiais são organizados de forma didática. Os vestígios catalogados no museu ficam visíveis no Centro Cultural Sérgio Motta.
Parque Nacional da Serra da Capivara
Considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, este parque nada mais é do que um abrigo de artefatos de civilizações antigas e de um legado cultural deixado para os descendentes.
O parque contempla mais de 1200 sítios arqueológicos, sendo por isso considerado o maior do mundo. Apesar da imensa quantidade, apenas 170 sítios estão abertos ao público. São mais de 40 mil pinturas que retratam ações do homem primitivo. Os atrativos que este imenso parque resguarda estão divididas em quatro circuitos, em que, recomenda-se reservar vários dias para não perder nada. São eles:
Circuito Serra Branca: A partir de carro ou percurso a pé se observam 60 sítios arqueológicos nesse circuito. As figuras aqui encontradas possuem a pintura em serra branca, com traços grossos e figuras sem percepção de movimento. É indicado reservar um dia completo apenas para este trecho.
Baixão da Pedra Furada: Este circuito é o que recebe maior número de turistas. Aqui fica os vestígios de uma fogueira de 50 mil anos atrás. As mesmas reproduções expostas no museu são encontradas originalmente aqui, como a machadinha de pedra polida. O circuito abriga o Alto da Pedra, o Sítio do Meio e a Pedra Furada, nesta última, paredões com desenhos de 100 metros de altura ganham destaque. Possui boa estrutura para visitas, passarelas panorâmicas com mirantes e bela iluminação noturna.
Desfiladeiro da Capivara: Os fãs de trekking e arqueologia podem encontrar as duas coisas no Desfiladeiro da Capivara. Aqui, há boa conservação da vegetação devido à umidade que invade o lugar. As trilhas de 4 km levam ao Boqueirão do Paraguaio e ao Circuito dos Veadinhos. No primeiro se admiram grandes figuras humanas decoradas com surpreendentes formas geométricas. No Circuito dos Veadinhos quatro pinturas chamam a atenção pela coloração azulada natural adquirida com o passar do tempo.
Baixão das Andorinhas: Este último circuito traz um fenômeno interessante de observação: sempre ao entardecer, as andorinhas que voam na região se dirigem em comboio para as fendas de um cânion de 90 metros de profundidade. Além dessa bela cena natural, o circuito abriga 12 sítios arqueológicos.
Trilhas
Mais do que admirar as pinturas, figuras e desenhos rupestres datados de séculos atrás nos sítios arqueológicos, as trilhas também são opções interessantes para os praticantes de trekking. O desafio é grande, pois os percursos são difíceis e exigem preparo físico e disposição para caminhadas longas entre subidas e descidas, pedregulhos e escadas de pedras. De quebra os aventureiros podem contemplar as belezas arqueológicas que o Parque Nacional compreende.
Trilha Energia
Resguarda pinturas rupestres, mas o destaque aqui é para as formações geológicas encontradas. Para se aventurar nessa trilha é preciso mesmo de energia, pois o percurso é de 8 km de muita subida, pedra e areia. A boa notícia é que também pode ser feito com veículos 4x4.
Trilha Hombu
Ao todo são 9 km de subidas e descidas. Esse exercício para as pernas são recompensados com a observação dos boqueirões e sítios arqueológicos. Um lance de escadas leva ao circuito da Pedra Preta e Toca dos Caititus com um mirante de tirar o fôlego.
Trilha Fazenda Jurubeba
A trilha percorre sítios como a Toca da Dama e Toca da Ema, além de casas com construções do século 19. São cerca de duas horas de percurso.
Caldeirão dos Rodrigues
Difíceis 4 horas para ir mais 4 horas para voltar resguardam as paisagens do Caldeirão. Percursos por escadas de pedra levam a pinturas e caldeirões antigos de reserva de água. Um vale interno, onde é possível descer, ficam pinturas de 18 mil anos atrás.
Cerâmica da Serra
Os incríveis objetos de cerâmica com reproduções de pinturas rupestres da Serra da Capivara são encontrados no Museu do Americano, Centro dos Visitantes situado dentro do Parque Nacional e outras localidades do entorno.
O artesanato típico roda o país, mas os preços são bem mais em conta na própria região onde as peças são produzidas, o desconto comparado a outras cidades brasileiras chega a 20%. Os objetos mais vendidos são canecas, copos e pratos.
Quando ir à Serra da Capivara
Para visitar ao parque arqueológico na Serra da Capivara a época mais indicada é entre novembro e janeiro quando a vegetação do parque fica ainda mais evidente por causa da variação das tonalidades da xerófita, planta típica de regiões áridas.
O passeio rende lindas fotos nessa época do ano.
Evite viajar em outubro quando a seca é intensa.
Como Chegar na Serra da Capivara
De avião:
O Aeroporto de Petrolina, a 403 km é o mais próximo da Serra da Capivara.
De carro:
Da capital Teresina, o acesso é pela BR-316 até Monsenhor Gil, depois PI-224, PI-236, BR-230, em Oeiras siga pela PI-143 e, por último a BR-020 até a Serra da Capivara. De Petrolina, o acesso é através da BR-235.
De ônibus:
De Petrolina, a viação Gontijo faz um percurso de seis horas até São Raimundo Nonato. Já partindo da capital, a empresa que realiza a viagem de sete horas é a Transpiauí.
Informações Úteis da Serra da Capivara
Distâncias: Teresina – 510 km / Petrolina – 403 km
Clima: temperatura fica em torno de 28°
Secretaria de Turismo: (86) 3221-7100
Portal do Governo do Estado: www.piaui.pi.gov.br