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Porto Murtinho começou sua história em 1892, quando na Fazenda Três Barras foi construído um Porto para a exportação da erva mate, principal produto da região na época. Pela posição estratégica no Rio Paraguai, logo o vilarejo atraiu comerciantes e se desenvolveu.

A pequena cidade de Porto Murtinho, na divisa com o Paraguai, a 439 km de Campo Grande, foi palco de batalhas da Guerra da Tríplice Aliança (1864 - 1870), ou Guerra do Paraguai, e da Revolução de Getúlio Vargas de 1932, que fez do local um marco na história do Brasil.

Casarios de arquitetura colonial e vários monumentos estão espalhados pela cidade, verdadeira história a céu aberto. A vida da cidade é retratada no Museu Histórico de Porto Murtinho, cujo acervo é um dos maiores do sudoeste do Estado, e no Museu Dom Jaime Anibal Barrera, que expõe objetos e documentos de Porto Murtinho do período do ciclo da erva mate, do tanino e do charque.

Ainda no centro, uma construção similar aos antigos castelos europeus gera curiosidade de quem passa. É o chamado Castelinho, construído na Rua Doutor Correia por um comerciante, com a finalidade de agradar sua esposa europeia e convence-la a ficar na região, diminuindo a saudade da Europa, terra natal. Um grande símbolo de amor.
Porto Murtinho está localizada próxima a importantes cidades turísticas como Corumbá, Miranda, Jardim e Bonito, sendo uma região de grande beleza natural.

Muitos rios e afluentes cortam a cidade e são abundantes em peixes, fazendo que o turismo de pescaria movimente a região. Pousadas e barcos-hotéis oferecem conforto para os dias nas águas, além de toda estrutura para a prática da pesca esportiva.

O Rio Paraguai banha Porto Murtinho e oferece diversas opções de lazer. É o principal rio da bacia do Pantanal e divide o Brasil do Paraguai, formando muitas baías, praias e locais propícios para a pesca. O Rio Nabileque é seu afluente e se estende por aproximadamente 250 km pelo Pantanal, sendo conhecido pela fartura de pacus na época da cheia. O Rio Aquidaban, o Rio Apa e seus afluentes, como o Rio Perdido, Rio Abobral e Rio Branco, são ideais à pesca do Dourado. Tantos rios e mais de 230 espécies de peixes fazem de Porto Murtinho o paraíso dos apaixonados por pescaria.

Um trajeto bastante procurado pelos pescadores é a Travessia do Pantanal. São 11 dias navegando pelo Rio Paraguai da cidade de Cáceres, no Mato Grosso, até Porto Murtinho, em meio ao cenário espetacular do Pantanal mato-grossense.

Durante quase todo o ano é possível pescar em Porto Murtinho, entretanto sempre respeitando o período da piracema, que ocorre do início de novembro ao final de fevereiro, para reprodução das espécies.

No período de seca, que vai de abril a novembro, o Rio Aquidaban forma um conjunto de praias conhecidas como Ilha da Onça, além de 11 cachoeiras e piscinas naturais, algumas com queda de 120 metros de altura.

O Rio Apa também possui cachoeiras. Com o mesmo nome do rio, a mais famosa é a Cachoeira do Apa, que está localizada em uma área de preservação ambiental e oferece praia com areia branca, cercada de bela fauna e flora pantaneira. Um agradável passeio.

E, após a pescaria, os banhos de cachoeira e as trilhas pelas lindas paisagens, nada melhor que experimentar os pratos típicos pantaneiros, como o premiado ‘pintado com bocaiúva’, que nasceu em Porto Murtinho e faz sucesso no Brasil e no Paraguai.

Falando no país vizinho, Porto Murtinho tem grande influência dos ‘hermanos’, sendo que o português, o castelhano e o guarani são idiomas correntes na cidade. Do lado paraguaio, a Ilha da Margarida é a zona de livre comércio, que atrai muitos brasileiros a procura de melhores preços e variedade. Mas, para chegar até lá é preciso atravessar o Rio Paraguai, pois não há pontes ligando os dois países.

Em passeios terrestres ou fluviais, as belezas histórias e naturais de Porto Murtinho são garantidas.

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