Diamantina
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"Cinquenta anos em cinco". Este era o lema do filho mais ilustre de Diamantina, Juscelino Kubitschek de Oliveira, o JK, que revolucionou o interior do país no seu mandato presidencial. Chica da Silva, a escrava-rainha, também é figura famosa da cidade do interior de Minas Gerais, localizada nas bordas da Serra do Espinhaço. Dali saíram muitos diamantes para adornar o luxo de outros países, mas deixou um patrimônio cultural insubstituível para o Brasil.
Reconhecida pela Unesco em 1999 como Patrimônio Cultural da Humanidade, Diamantina é uma viagem histórica. Preserva em suas ruas e vielas calçadas por pedras todo o charme rústico da época, com igrejas barrocas e casarões coloniais, ainda iluminados pelo velho lampião. As casas onde viveram JK e Chica da Silva estão bem conservadas, bem como a Casa da Glória e o Museu do Diamante. Visitas obrigatórias na cidade.
Procurando diamantes? Então, seu destino é o Garimpo Real, que resgata 300 anos de tradição de exploração destas pedras preciosas. O trajeto mostra diferentes etapas da atividade rudimentar e artesanal de procurar os desejados pedregulhos brilhantes. Se tiver sorte na peneirada, poderá encontrar um diamante para chamar de seu.
A vida cultural é agitada em Diamantina. O clima bucólico, em meio as montanhas do Espinhaço, inspira a Vesperata, que acontece dois sábados por mês na rua da Quitanda. Nestes dias, músicos se apresentam nas sacadas dos casarões antigos e o público aprecia um repertório variado. Está explicado o gosto de JK pela boa música.
Ao redor do antigo Arraial do Tijuco, como era conhecida Diamantina, há outras riquezas: as belezas naturais do Parque Estadual do Biribiri, do Caminho dos Escravos, cachoeiras e grutas; as históricas, das pinturas rupestres nos Sítios Arqueológicos; e as culturais, na Vila de Biribiri e Distrito de Milho Verde.
Com tantas atrações, é preciso mais de um final de semana para curtir Diamantina.
O que fazer em Diamantina
Uma tranquila caminhada pelas ruas da cidade é obrigatória para quem vai a Diamantina. Admirar as belas construções de época bem preservadas é viajar pela história do Brasil. Pare para conhecer a história de Chica da Silva e de Juscelino Kubitschek, famosos mineiros que tem suas vidas imortalizadas nas casas onde viveram. Se for sábado, desfrute a noite na Vesperata. Para conhecer a origem da cidade, vá ao Museu do Diamante e depois tente achar um no Garimpo Real.
Aproveite a beleza natural da região, visitando o Parque Estadual do Biribiri, percorrendo o Caminho dos Escravos e relaxando nas cachoeiras e grutas. A saborosa comida mineira merece uma pausa para almoço sossegado na Vila de Biribiri ou no Distrito de Milho Verde, com direito a sobremesa típica de queijo com goiabada.
Casa de Juscelino Kubitschek
Parada obrigatória no centro histórico de Diamantina, a casa onde Juscelino Kubitschek passou a infância abriga muitas informações e curiosidades sobre um dos homens mais importantes da história do Brasil.
Nascido em 12 de setembro de 1902, o ex-presidente JK cresceu na pequena Diamantina e dos 5 aos 18 anos viveu na casa onde hoje funciona um museu sobre sua vida. No local não há acervo mobiliário, mas muitos documentos e fotos da família Kubitschek, contando um pouco da sua vida pública até chegar à presidência do País. JK era médico e Oficial da Força Pública Mineira e os instrumentos que utilizou quando exerceu a profissão também estão em exposição no museu.
O museu dispõe também de painéis sobre a Diamantina do início do século XX, que contam um pouco da origem da cidade, bem como seu desenvolvimento e a estagnação econômica após a exploração de diamantes.
A casa de JK fica na Rua São Francisco, número 241 e é aberta de terça a domingo para visitação.
Casa da Chica da Silva
A fama da ex-escrava mais prestigiada de Diamantina virou até novela de TV. Francisca da Silva de Oliveira, ou simplesmente, Xica da Silva teve regalias exclusivas na época às senhoras brancas ricas e influenciou uma cidade toda. A sua notoriedade está presente em Diamantina por meio da casa onde viveu com seu amante, que hoje preserva sua história.
A Praça Lobo de Mesquita número 266 é o endereço onde viveu Chica da Silva, uma mulher negra de personalidade forte que provocou a sociedade de Diamantina em uma época que a escravatura era muito evidente.
Francisca da Silva nasceu no Arraial do Tijuco, hoje Diamantina, e foi escrava do Sargento Manoel Pires Sardinha, com quem teve um filho. Foi dada ao Padre Rolim e libertada depois da prisão do seu dono, acusado de fazer parte da inconfidência mineira. Em 1753, João Fernandes de Oliveira, português comerciante de diamantes, chega à cidade. Ao conhecer Chica, se apaixona, a alforria e passa a viver com ela sem matrimônio oficial. A relação durou 15 anos e dela tiveram 13 filhos. O casal se separou quando João retornou a Portugal para receber uma herança e levou consigo os 4 filhos homens, deixando Chica no Brasil com as filhas.
Chica da Silva conviveu com a elite local, inclusive, obtendo escravos negros. Faleceu em 1796 e foi sepultada na irmandade religiosa mais importante, a São Francisco de Assis, que era exclusiva dos brancos, mostrando a importância social que alcançou na época.
A casa de Chica está bem preservada e pertence atualmente ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan. Não há acervo mobiliário ou objetos pessoais, apenas a exposição de painéis sobre o romance com João Fernandes, a sua vida e alguns quadros com poemas inspirados nessa intensa mulher.
Casa da Glória
Cartão-postal de Diamantina, o Passadiço da Glória foi construído em 1878 para interligar duas casas que na época eram um educandário e um orfanato. Polêmica à época, a obra virou símbolo da cidade Patrimônio Cultural da Humanidade.
A Casa da Glória na verdade é um conjunto composto por duas casas, construídas em épocas diferentes, e um passadiço que as interligam. Em 1867 a casa pertencia a ordem religiosa de São Vicente de Paulo, que de um lado era um Orfanato e, posteriormente, o Educandário Feminino de Nossa Senhora das Dores. Para unir as duas casas, visando um menor contato com o exterior, construíram o famoso Passadiço de Diamantina.
A casa também já foi palco de muitas festas, pois em 1813 pertencia à Fazenda Real. Foi nela realizada a Aclamação de D. João VI como novo rei de Portugal e as núpcias de D. Pedro I com D. Leopoldina. Muitos hóspedes famosos como Auguste Saint Hilare, Barão Ludwig von Eschwege e Richard F.Burton ficaram nela durante visitas à região.
Hoje a casa pertence ao Instituto de Geociências da UFMG e nela funciona o Centro de Geologia Eschwege. A visitação custa R$ 1,00 e é de terça a domingo das 13 às 18h.
Mercado Municipal
Um grande galpão com fachada em arcos, que teria até inspirado Oscar Neimeyer nas linhas do Palácio Alvorada, em Brasília. O antigo rancho de pouso dos tropeiros é hoje o Mercado Municipal de Diamantina e também um centro cultural. Diversão garantida nas noites de sexta-feira.
Construído em 1835, a pedido do tenente Joaquim Cassimiro Lages para servir de abrigo aos tropeiros, era conhecido como intendência e era o local de descarregamento e comercialização de produtos que chegava a Diamantina.
Em 1997 o galpão foi restaurado e desde então ali funciona o Mercado Municipal que recebe aos sábados a Feira de Produtores Rurais e Artesanato. Além da feira, no espaço funciona o Centro Cultural David Ribeiro, que movimenta as sextas-feiras com música ao vivo e petiscos na melhor moda mineira.
Igrejas Históricas
A religiosidade dos séculos XVIII e XIX é bem marcada nas diversas igrejas construídas em Diamantina. Mais de 10 igrejas ostentam nos seus estilos de construção o luxo e a riqueza provindos da exploração de diamantes na região. Muitas estão localizadas no centro histórico e, entre um passeio e outro, vale a pena entrar e admirar a decoração requintada do seu interior.
Igreja de São Francisco de Assis: em estilo barroco, foi construída entre 1766 e 1772 e tem pintura rococó no teto e sacristia, sendo pintado respectivamente por José Soares de Araújo e Silvestre de Almeida Lopes, considerado o principal artista da região no século XVIII.
Igreja Nossa Senhora do Rosário: a mais antiga de Diamantina. Data de 1731, em estilo rococó, com pintura interna do artista José Soares de Araújo. Na frente da igreja tem um cruzeiro lendário e um chafariz.
Catedral Metropolitana de Santo Antônio da Sé: é a mais imponente de Diamantina, com inspiração em arquitetura religiosa litorânea, tem sua construção bastante recente, em 1940, em substituição à antiga catedral.
Igreja Nossa Senhora do Carmo: a igreja mais famosa e com decoração mais requintada da cidade. Sua construção em estilo barroco foi financiada por João Fernandes de Oliveira, marido da ex-escrava Chica da Silva, e está localizada próxima a sua casa. A obra iniciou em 1760 e demorou 5 anos. Com decoração em talhe dourado, possui um órgão de 549 tubos adornado em ouro e pinturas internas de José Soares de Araújo, sendo na época frequentada principalmente por brancos ricos. Uma peculiaridade é a torre posicionada na parte de trás da igreja. Segundo contam os antigos moradores, isto se deve a uma exigência de Chica da Silva, que dizia ficar incomodada com o barulho dos sinos muito próximos de sua casa. Provocação ou não a alta sociedade, o pedido de Chica deu um charme especial à igreja.
Capela Imperial de Nossa Senhora do Amparo: com destaque para um presépio decorado com conchinhas retiradas da Gruta do Salitre, a bela construção data de 1756 com término em 1776. Possui imagens sacras lindíssimas e abriga anualmente em maio a Festa do Divino, tradicional na cidade.
Capela Senhor do Bonfim: pequena igreja com uma única torre na fachada, a construção é de 1771 e mistura o estilo rococó com o de Dom João V, dando uma característica sacra harmoniosa na decoração.
Igreja Nossa Senhora das Mercês: com decoração neoclássica, a construção concluída em 1785 teve seu acabamento apenas no início do século XIX e a disposição dos púlpitos lembra um teatro, deixando seu interior diferente das demais igrejas da época.
Capela Nossa Senhora da Luz: construção mais recente (século XIX) e com decoração simples, foi iniciativa de Teresa de Jesus Perpétua Corte Real, em agradecimento a ter sobrevivido a um terremoto em Lisboa em 1755.
Basílica do Sagrado Coração de Jesus: em estilo gótico com belíssimos vitrais franceses, foi construída no final do século XIX e fica afastada do centro histórico. Vale muito a visita por se diferenciar das demais igrejas barrocas.
Vesperata
“As tardes em Diamantina são vesperais”, afirmava no século XIX o Capelão da cidade. Espetaculares continuam as noites de sábado com a Vesperada, apresentação musical realizada nas sacadas dos casarões antigos no centro histórico de Diamantina. Imperdível.
O nome Vesperata é uma adaptação do termo vésperas, da liturgia católica, da mesma forma que serenas, canção trovadoresca, adaptou-se para Serenata.
Foi para comemorar o título de Patrimônio da Humanidade, em 1999, que começou a tradição oficial da Vesperata em Diamantina. Com cenário à Rua da Quitanda, o evento faz parte do calendário de eventos oficial da cidade e atrai turistas de todo mundo. O público fica atento à apresentação dos músicos nas sacadas dos prédios coloniais, com um repertório variado de altíssima qualidade.
A Vesperata ocorre quinzenalmente de março a outubro, com algumas apresentações extras em datas comemorativas especiais. Em 2014 estão programadas as datas: 12 e 26/abril, 17 e 31/maio, 07, 14 e 28/junho, 05 e 12/julho, 16 e 23/agosto, 06 e 27/setembro, 18 e 25/outubro.
Agende-se e encanta-se com a noite em Diamantina!
Museu do Diamante
Visitar o Museu do Diamante é viajar pela origem e história de Diamantina, percorrendo sua construção, desenvolvimento, auge e estagnação. O prédio conservado é parada obrigatória no centro antigo.
A edificação que abriga hoje o Museu do Diamante é datada do início do século XVIII e tem grande importância histórica na cidade. Pertenceu inicialmente ao Padre José de Oliveira e Silva Rolim, famoso inconfidente mineiro, que foi preso e exilado em Lisboa, ocasião em que a Fazenda Real confiscou o prédio.
Equipamentos utilizados para extração artesanal e avaliação de diamantes estão expostos no museu, que conta ainda com mobiliário, utensílios e moedas de época e a belíssima arte sacra barroca.
Garimpo Real
Procurando um diamante para chamar de seu? É possível encontra-lo no Garimpo Real. O trajeto da visita apresenta as etapas de exploração da pedra preciosa no rio Guinda. E a tentativa de encontrar uma pedrinha é válida.
Belmiro é um senhor conhecedor da arte rudimentar de procurar e avaliar bons diamantes. Ele é o dono do Garimpo Real e também guia da visita ao local, que fica a 10 km do centro de Diamantina com fácil acesso, num espaço de imensa beleza natural.
A área é conhecida como uma das melhores da região referente ao volume de produção e qualidade de diamantes. Durante a visita é possível conversar com os garimpeiros que ali trabalham e conhecer 300 anos e história das técnicas e arte de encontrar uma pedra valiosa.
Ao final do passeio é realizada a peneirada, fase onde se procura o diamante em meio a tantas outras pedras do rio. Sorte é fundamental.
O Garimpo funciona diariamente das 08 às 15h e a visita precisa ser agendada com antecedência. Em épocas de chuvas abundantes, não é realizado o passeio pela cheia do rio.
Parque Estadual do Biribiri
O Parque Estadual do Biribiri foi criado em 22 de setembro de 1998 e está inserido no complexo da Serra do Espinhaço. São cerca de 17 mil ha de mata do Cerrado, circundados por nascentes cristalinas, que formam piscinas naturais de águas límpidas e temperatura agradável para banho.
A 14 km de Diamantina, via Avenida Geraldo Edson do Nascimento, chega-se a entrada do Parque Estadual do Biribiri. O local é preservado devido as nascentes de rios, a biodiversidade vegetal nativa e também às espécies animais ameaçadas de extinção, como o lobo-guará e a onça-parda.
As cachoeiras do parque tem fácil acesso. O trajeto a partir de Diamantina é em estrada de terra e demora cerca de 30 minutos de carro. Em época de chuva abundante, aconselha-se pedir informações sobre a estrada, pois há trechos com muita lama, dificultando a passagem de carros de passeio.
Do local de estacionamento são trilhas leves de poucos minutos caminhando. A Cachoeira da Sentinela é a mais próxima e com a menor queda, sendo indicada para quem viaja com crianças, pois a piscina é rasa. São 7 km de Diamantina. Já a Cachoeira dos Cristais é mais vistosa, possui quedas e poços maiores e dista 15 km, com uma trilha maior para chegar até ela.
Ainda no Parque fica a Vila de Biribiri, histórica por ser uma das primeiras comunidades fabris de Minas Gerais. No seu conjunto de casas coloniais, há um restaurante que oferece almoço típico mineiro, com pratos bem preparados, e dois bares que servem petiscos.
O Parque abre às 09 h e fecha às 17 h, sem custo de visitação. Então, prepare sua mochila e reserve um dia inteiro para passear no local.
Cachoeira da Sentinela
O formato da queda lembra uma arquibancada, mas com muita água cristalina. Assim é a Cachoeira da Sentilena, que tem uma pequena sequência de quedas e é ideal para ir com crianças e idosos aproveitar o dia de sol.
Distante apenas 7 km de Diamantina, a Cachoeira da Sentinela fica dentro do Parque Estadual do Biribiri. A trilha para chegar nela é leve e de fácil acesso, sem problemas para caminhada. As águas são bem cristalinas e as cascatas formam pequenas praias ideais para banhos. Pela facilidade de chegar e os poços rasos, é indicada para crianças e pessoas na melhor idade.
Para vê-la de um ponto mais alto, suba a pequena trilha para acessar a primeira queda. Há neste local um poço mais profundo que possibilita até um mergulho.
Cachoeira dos Cristais
A mais famosa e considerada a mais bonita da região, a Cachoeira dos Cristais possui duas quedas em sequencia e uma piscina natural onde se pode nadar a vontade. Convite para se refrescar e relaxar nos dias de verão.
A Cachoeira dos Cristais fica no Parque Estadual do Biribiri, a 14 km do centro de Diamantina. Os moradores da região contam que os degraus da cachoeira foram cortados pelos garimpeiros à procura de diamantes, o que facilitou andar por lá.
Na leve trilha para chegar à cachoeira há uma ponte e dela se observa o riacho e a queda, o que torna o percurso muito agradável.
A parte de cima da cachoeira pode ser acessada por uma trilha ao lado da queda, mas cuidado com as pedras escorregadias. A vista do alto é bonita e é possível ver que a cascata começa em um riacho fininho e logo cai pelo paredão formando uma cortina de água.
Cachoeira da Toca
Fora da área do Parque Estadual do Biribiri, a Cachoeira da Toca está encravada em meio às montanhas, encantando e refrescando os turistas que visitam Diamantina. Da piscina ao poço, a água cristalina é ideal para banhos.
Distante apenas 5 km do centro de Diamantina, a Cachoeira da Toca tem cerca de 15 metros de altura e uma piscina natural, que forma em suas bordas pequenas prainhas e, próximo da queda, torna-se um poço profundo. No poço é tradicional o pulo das rochas, mas cuidado com a profundidade e a pedras.
Cachoeiras de Conselheiro Mata
O Distrito de Conselheiro Mata abriga uma série de cachoeiras com formações e belezas distintas. Destaque para a Cachoeira do Telésforo, cenário de novela, e a Olhos D´Água, com maior queda entre elas. Escolha uma e aproveite suas águas límpidas e a beleza natural do local.
Fadas: localizada a 3 km após o Distrito de Conselheiro Mata, a Cachoeira das Fadas possui uma queda de aproximadamente 30 metros. A piscina natural formada é ideal para nadar e é cercada de uma vegetação nativa exuberante.
Telésforo: reconhecidamente uma das mais bonitas da região, a Cachoeira do Telésforo serviu até de cenário para a novela A Padroeira. A praia formada devido ao rio Pardo Grande tem areia muito fina e branquinha, que é consequência de anos de garimpo no local.
Vaca Brava: a queda da Cachoeira Vaca Brava tem cerca de 12 metros de altura e águas transparentes. Devido ao relevo rochoso, há a formação de um pequeno cânion com muitos poços para banho. A caminhada no local é convidativa.
Tombador: localizada no Riacho das Vacas, a Cachoeira do Tombador é uma sequência de 5 pequenas cascatas em meio a vegetação nativa. A trilha pra chegar lá é puxada, com 7 km de caminhada, mas o banho refrescante é garantido.
Usina: distante 4 km do Distrito de Conselheiro Mata, a Cachoeira da Usina, como o nome diz, fica na Usina Hidrelétrica desativada em 1987. O destaque desta queda é uma pedra de 12 metros de comprimento, simetricamente rachada naturalmente com um vão de 2 metros. Aconselha-se fazer o passeio apenas com guia, pois as tubulações da Usina permaneceram no local.
Olhos D´Água: com um acesso difícil, de 10 km a partir do Distrito de Conselheiro Mata, a caminhada vale a pena. A queda de 70 metros forma uma piscina natural incrível e ideal para nadar. Aconselha-se ir com guia pela distância a ser percorrida em meio à mata.
Remédios: a 15 km do Distrito de Conselheiro Mata em direção a Diamantina, a Cachoeira dos Remédios tem uma queda de cerca de 20 metros, rodeada por densa vegetação, formando um poço mediamente profundo e uma prainha, convidativa para um banho.
Caminho dos Escravos
Construída pelos escravos para escoamento dos diamantes, a rota calçada de pedras fazia parte da Estrada Real. Hoje conhecida como Caminho dos Escravos, o trajeto mostra a beleza natural da região, cruzando riachos e lagos em meio a vegetação nativa e possibilita uma visão panorâmica de Diamantina.
A estrada que ligava Arraial do Tijuco (hoje Diamantina) a Vila de Mendanha (atual distrito da cidade) foi construída no século XIX por escravos a pedido do Desembargador Manuel Ferreira da Câmara Bittencurt, conhecido por Intendente Câmara. A rota permitia o escoamento dos diamantes e a passagem dos tropeiros para abastecer a cidade.
Localizada a 2 km a pé do centro de Diamantina, ou 5 km por meio da estrada para Araçuaí, o Caminho dos Escravos é uma caminhada agradável em meio a muito verde e belezas naturais.
Em um dos trechos do Caminho, desvie um pouquinho e pare para apreciar e se refrescar nas águas cristalinas da Lagoa Azul. Para chegar lá, vá em direção à Fazenda Duas Pontes, siga para uma área de reflorestamento de eucaliptos e ande cerca de 5 minutos para encontrar a lagoa.
Gruta do Salitre
Um dos principais atrativos de Diamantina, o complexo rochoso ao redor da Gruta do Salitre é comparado a uma catedral gótica pelo seu traçado escultural e pontiagudo. A gruta também é famosa pela acústica do salão em seu interior. Passeio obrigatório para quem visita a região.
A Gruta do Salitre é formada a partir de um conjunto de rochas que formam cânions e dividem a gruta em salões. O maior deles possui 64 metros de largura e 5 metros de altura, em formato circular, o que proporciona uma boa acústica, tanto que apresentações musicais já foram realizadas no espaço.
Esculpida durante anos pela natureza, a Gruta do Salitre é formada em rochas de quartzo e recebe este nome devido ao intenso extrativismo local de salitre para produção de pólvora, que era utilizada para explosões das rochas na procura de diamantes.
Localizada a 9 km de Diamantina e a 1 km do Distrito de Curralinho, é certamente uma das atrações mais fabulosas de Diamantina.
Gruta do Monte Cristo
Cenário de novela, a Gruta do Monte Cristo possui formação rochosa exuberante e é um passeio agradável para quem gosta de explorar o interior das montanhas próximas de Diamantina.
Distante 10 km do centro histórico, em direção ao Distrito de Vau, via Bairro da Palha, a Gruta do Monte Cristo é menos conhecida que a Gruta do Salitre, mas apresenta uma formação quartzítica tão bonita quanto. Prova disso foram as cenas da novela Irmãos Coragem gravadas no local.
A gruta tem entrada ampla, de 15 m de altura por 25 m de largura e o interior é dividido em dois amplos salões. O seu percurso é todo dentro de um riacho de água corrente. Por ser muito irregular, há uma ponte de madeira que facilita o acesso à gruta, mas está mal conservada. Aconselha-se visita acompanhada de um guia.
Sítios Arqueológicos
Local habitado antes da civilização como a conhecemos: um sítio arqueológico preserva indícios de outro estilo de vida, com ferramentas rudimentares, marcas de fogueiras, sepulturas e muitas pinturas. Desenhadas em rochas mostram muito da fauna, flora e cotidiano dos nossos ancestrais próximos. Visite para conhecer um pouco mais da pré-história da região.
Batatal: localiza-se a 10 km do Distrito de Conselheiro Mata, distante 49 km de Diamantina. O Sítio Arqueológico do Batatal é repleto de pinturas rupestres de animais representando a fauna local, como capivaras, veados e peixes. Não foi definida a idade das inscrições. A visita percorre 2 km dentro da mata até chegar ao sítio. Aconselha-se realizar o passeio acompanhado de um guia.
Vau: junto ao Distrito do Vau, a 10 km do centro de Diamantina, o Sítio Arqueológico do Vau é também conhecido como gruta dos Quilombos e possui pinturas rupestres datadas de 4 mil anos. Para chegar até as inscrições, siga até próximo a Pousada Rural Recanto do Vale. A caminhada por entre a mata dura 30 minutos a partir da pousada.
Cânion do Funil
Para quem gosta de trilhas e trekking ecológico, o Cânion do Funil é passeio obrigatório. Passando por belas paisagens e ampla biodiversidade, a caminhada por entre os paredões do cânion é uma experiência inesquecível.
Localizado a 61 km da cidade de Diamantina, o Cânion do Funil é cortado por um riacho de águas refrescantes e apresenta uma ampla biodiversidade em fauna e flora do Cerrado, bem preservados. Os pássaros fazem seus ninhos nos paredões de mais de 30 metros de altura e ao amanhecer e anoitecer fazem a diferença na paisagem.
Para realizar todo o percurso do Cânion, recomenda-se reservar 2 horas para caminhada tranquila de observação. Aconselha-se realizar o passeio acompanhado de um guia.
Vila de Biribiri
A Vila do Biribiri foi uma das primeiras comunidades fabris de Minas Gerais. Hoje é Patrimônio Histórico tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA, devido ao conjunto arquitetônico bem preservado. Ótima opção para quem quer paz e tranquilidade.
Biribiri em tupi-guarani significa ‘buraco fundo’, nome dado devido à localização da vila entre a montanha e o riacho. A vila foi construída no final do século XIX pela instalação da Companhia Industrial de Estamparia, em 1876, por iniciativa de Dom João Antônio dos Santos, na época bispo diocesano de Diamantina.
Depois de quase 100 anos, em 1973, a fábrica foi desativada, mas Biribiri conservou suas construções e ainda hoje há a sede da fábrica, o teatro, a escola, as residências operárias e a igreja dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Em 1950 registrou-se 1.200 habitantes na vila, atualmente apenas três adultos, uma criança e um vira-lata residem por ali.
Aproveite a ida ao Parque Estadual do Biribiri e almoce na Vila no restaurante ‘Raimundo sem um braço’ (sim, este é mesmo o nome do restaurante). Seu Raimundo, o proprietário, teve de amputar o braço direito depois de complicações de um tratamento médico malfeito e o nome pegou no restaurante. A comida no capricho é preparada enquanto Seu Raimundo serve aos visitantes uma dose das mais de 200 garrafas de cachaça que tem no local. A comida é gostosa e o preço adequado.
As casas da vila podem ser alugadas para temporada e a diária é de cerca de R$ 30,00 por pessoa. Os turistas podem passar momentos de tranquilidade e lazer, pois a vila fica dentro do Parque Estadual do Biribiri.
Distrito de Milho Verde
Entre a Serra do Espinhaço, próxima da nascente do rio Jequitinhonha, o Distrito de Milho Verde se mostra um lugarzinho de gente hospitaleira e grande beleza natural. Ideal para quem procura simplicidade e paisagem tranquilizante.
Localizada entre Diamantina e Serro, o Distrito de Milho Verde apresenta um preservado patrimônio histórico, rodeado de várias cachoeiras e com um povo gentil, sem esquecer a deliciosa culinária mineira servida tipicamente no fogão à lenha.
Caminhar por Milho Verde é se deparar com muita história. O Chafariz da Goiabeira fica na área central do distrito e tem este nome devido à árvore crescida ao lado. Construído em pedras brutas tem um fosso para passagem de água, sendo comum encontrar mulheres lavando roupas no local. Destaque também no centrinho da vila para as igrejas Matriz de Nossa Senhora dos Prazeres e Igreja Nossa Senhora do Rosário, com estilo barroco tradicional do século XIX.
O Pico do Cruzeiro Novo é um ponto de observação com uma vista panorâmica de Diamantina, São Gonçalo do Rio e Milho Verde. Fica no ponto mais alto a 5 km do distrito. É no Cruzeiro antigo de 8 metros de altura, que se inicia a procissão da Festa de São Sebastião, comemoração tradicional no Distrito em janeiro.
Inúmeras cachoeiras e cascatas tornam o redor de Milho Verde um lugar exuberante. Destaque para as cachoeiras do Carijó (8 m de queda e piscina natural), do Moinho (bem próxima ao distrito, tem 2 moinhos antigos desativados que eram utilizados para produção de fubá), do Piolho (formada pelo córrego de mesmo nome, tem mais de 30 metros de altura, utilizada para prática de rapel) e do Lajeado (piscinas rasas com muita areia branca, ideal para as crianças). Ainda estão mapeadas a Cachoeira do Baú, Arco-Íris, Campo Alegre, Ausente e a do Canela e dos Macacos mais distantes e menos visitadas. Todas possuem fácil acesso e a maioria tem placas indicativas nas estradas.
Quando ir à Diamantina
Durante o ano todo Diamantina tem atrações e clima agradável. Mas, para se emocionar e passar momentos inesquecíveis agende-se de acordo com o calendário da Vesperata, sempre aos sábados (dois por mês), de março a outubro. As datas são divulgadas com antecedência no site do evento.
Para quem quer agitação e muita festa, o carnaval é o período ideal para visitar Diamantina. Nas ruas do centro histórico desfilam blocos animados, que atraem pessoas de todas as idades para a diversão. À noite, a Praça do Mercado Velho é palco de shows diversos. Quem for nesta época atenção para reservas antecipadas de hospedagem, pois os hotéis e pousadas lotam, casas alugadas e repúblicas ficam repletas de foliões que vem brincar o carnaval na região.
Outro período especial para visitar Diamantina é na Páscoa. Na cidade acontece na Sexta-Feira da Paixão a emocionante encenação da Via Sacra, com mais de 300 atores participantes, tendo centro antigo como cenário e o trajeto realizado entre duas igrejas. No domingo de Páscoa as ruas são enfeitadas com um tapete de flores, areia, serragem e outros decorativos e nas janelas dos casarões são colocadas colchas e toalhas coloridas. Neste período é bom reservar com antecedência a hospedagem.
Para os religiosos que acompanham o calendário cristão, 50 dias após a Páscoa é realizada a Festa do Divino Espírito Santo, ou Festa de Pentecostes, uma das mais antigas tradições de Diamantina. A festa dura geralmente 10 dias e acontecem celebrações na Capela Imperial Nossa Senhora do Amparo no centro da cidade. Na programação constam missas, novenas, procissões, testemunhos, entre apresentações de música e grupos folclóricos. Há ao final do festejo a distribuição de Medalhas Bentas do Divino como forma de proteção.
Como Chegar em Diamantina
De avião:
Diamantina tem um aeroporto funcional apenas para voos fretados, pois, infelizmente, os voos regulares semanais estão suspensos. O aeroporto mais próximo é o de Belo Horizonte (300 km até Diamantina) e recebe voos de todos os pontos do Brasil e até internacionais.
De carro:
Saindo de Belo Horizonte são cerca de 300 km até Diamantina, com acesso norte pela BR-040 no sentido Brasília. Após entre na BR-135 até Curvelo e na cidade pegue em direção à BR-259 e logo em seguida acesse a BR-367 até Diamantina.
Saindo de São Paulo são 862 km. O trajeto é pela Rodovia Fernão Dias - BR-381 até Belo Horizonte. De BH segue sentido Brasília pela BR-040 e após BR-135 até Curvelo. Na cidade acessa a BR-259 e logo em seguida a BR-367 até Diamantina.
Saindo do Rio de Janeiro são 730 km até Diamantina. Acesso direto pela BR-040 até Belo Horizonte. De BH via BR-135 até Curvelo. Na cidade pegue em direção à BR-259 e logo em seguida acesse a BR-367 até Diamantina.
De ônibus:
Saindo de Belo Horizonte ou São Paulo, as empresas Pássaro Verde e Gontijo tem linhas diretas para Diamantina em vários horários durante o dia. O valor de BH é em torno de R$ 80,10 e de SP, R$ 130,00.
Pássaro Verde
Fone: (38) 3531-1471
Site: www.passaroverde.com.br
Gontijo:
Fone: 0800-31-1312 ou (38) 3531-1430
Site: www.gontijo.com.br
Informações Úteis de Diamantina
Central de Turismo
Praça Monsenhor Neves, 44
Fone: (38) 3531-2972
Secretaria Municipal de Cultura
Praça Antônio Eulálio, 53
Fone: (38) 3531-1636
Horário de atendimento: segunda a sexta das 08 às 18h. Sábados e feriados das 09 às 11h e 13 às 17. Domingos das 08 às 12h.
Estação Rodoviária
Endereço Largo Dom João
Fone: (38) 3531-9176
Casa de Juscelino Kubitschek
Rua São Francisco, 241
Fone: (38) 3531-3607
Horário de visitação: de terça a sábado das 09 às 17h. Domingos das 09 às 14h.
Valor da entrada: R$ 2,00 por pessoa.
Casa de Chica da Silva
Praça Lobo de Mesquita, 266
Fone: (38) 3531-2491
Horário de visitação: de terça a sábado das 12:00 às 17:30min. Domingos e feriados das 09:00 às 14:00min.
Casa da Glória
Rua da Glória, 298
Fones: (38) 3531-1394
Horário de visitação: de terça a domingo, inclusive feriados das 13 às 18h.
Valor da entrada: R$ 1,00 por pessoa.
Igreja de São Francisco de Assis
Horário de visitação: terça a sábado, das 9 às 12 e das 14 às 18h. Domingo, das 9 às 12h.
Taxa de visitação: R$1,00 por pessoa.
Igreja Nossa Senhora do Rosário
Largo do Rosário, s/n
Horário de visitação: terça a sábado, das 9 às 12 e das 14 às 18h. Domingo, das 9 às 12h.
Taxa de visitação: R$1,00 por pessoa.
Igreja Nossa Senhora do Carmo
Rua do Rosário s/n.
Horário de visitação: terça a sábado, das 09 às 12 e das 14 às 18h. Domingo das 09 às 12h.
Taxa de visitação: R$ 2,00 por pessoa.
Capela Imperial de Nossa Senhora do Amparo
Rua do Amparo s/n.
Horário de visitação: terça a sábado das 09 às 12h e das 14 às 17h. Domingos das 09 às 12h.
Igreja Nossa Senhora das Mercês
Rua das Mercês, s/n
Horário de Funcionamento: terça a sexta das 13 às 18h. Sábados e domingos das 08 às 12 e 13 às 17h.
Basílica do Sagrado Coração de Jesus
Rua Padre Rolim, s/n
Sem horário de visitação definido.
Capela Senhor do Bonfim
Praça Monsenhor Neves, s/n
Horário de visitação: terça a sábado, das 09 às 12 e das 14 às 18h. Domingo, das 09 às 12h.
Taxa de visitação: R$ 1,00 por pessoa.
Capela Nossa Senhora da Luz
Rua da Luz, s/n
Sem horário de visitação definido.
Vesperata
Quinzenalmente na Rua da Quitanda.
Programação 2014:
12 e 26/abril
17 e 31/maio
07, 14 e 28/junho
05 e 12/julho
16 e 23/agosto
06 e 27/setembro
18 e 25/outubro
Informações pelo fone: (38) 3531-8060 ou (38) 3531-9532 – Secretaria de Cultura e Turismo de Diamantina.
Museu do Diamante
Rua da Direita, 14
Fone: (38) 3531-1382
Horário de visitação: de terça a sábado das 12:00 às 17:30 min. Domingos e feriados das 09:00 às 12:00min.
Valor da entrada: R$ 1,00 por pessoa.
Garimpo Real
Visitas devem ser previamente agendadas.
Fones: (38) 3531-1557 / 9106-1226 ou 9116-9893.
Site: www.garimporeal.com
Parque Estadual do Biribiri
Sede Administrativa IEF - Regional Alto Jequitinhonha
Praça Dom Joaquim, 100
Telefone: (38) 3531-3919
E-mail: [email protected]
Entrada do parque gratuita. Aberto diariamente.
Atenção: há o risco de arrombamentos e furtos no local onde se estaciona os carros nas áreas de cachoeiras. Fique atento.
Sitio Arqueológico de Batatal
Fone: (38) 3531-1636
Vila de Biribiri
As casas do povoado podem ser alugadas para temporada e a diária é de cerca de R$ 30,00 por pessoa.
Fones: (31) 3362-2624 e (31) 9982-0827 com Francisca Mascarenhas (Kika), ou (38) 9971-0567, com Antônio.
Distrito Milho Verde
Para chegar ao Distrito de Milho Verde de ônibus, a Viação Transfácil opera linhas Serro – São Gonçalo do Rio que passa pelo local, em dois horários diários, 11:45 e 16:30min. Para informações: Terminal Rodoviário Serro: (38) 3541-1366 ou Viação Transfácil: (38) 3541-4091.