São Luís
Nesta página, você vai encontrar:
Veja também:
Com 401 anos, São Luís merece ser respeitada por sua história. Praças, ruelas e largos recontam a história da fundação e conquista de São Luís. Seu legado arquitetônico e clássico foi deixado principalmente pelo povo francês que fundou a cidade, mas também reúne traços portugueses, africanos e indígenas. As inúmeras construções históricas que são encontradas de ponta a ponta da cidade são reflexos de uma história que insiste em ser preservada. Assim como a história, os casarões e sobrados em ruínas são preservados, sendo que grande parte das construções foram tombadas pelo Iphan. Ruas de pedra e becos estreitos desembocam em museus, igrejas e praias. A Ilha do Amor, como Maranhão também é conhecida, revela uma vida noturna intensa na Avenida dos Holandeses e a Lagoa do Jansen com seus bares e restaurantes charmosos.
Além dos pontos turísticos que remetem à tradição do povo, alguns festejos como o famoso Bumba Meu Boi tomam as ruas da cidade com grupos folclóricos que se apresentam com muita música, dança e teatro em junho e julho. A festa não para, mesmo em meses em que não há eventos, os bares da cidade reservam música ao vivo que vão do MPB ao reggae, uma vez que São Luís é a capital nacional da Jamaica. Alguns lugares como a Casa das Tulhas abrigam apresentações esporádicas nas noites de sexta-feira com o clássico Tambor da Crioula, dança de roda regional.
Apesar das praias não serem as melhores de Maranhão, ainda assim abrigam dunas e permitem mergulhos refrescantes aos banhistas. Vale observar que o ideal é reservar mais de um dia para conhecer calmamente as incontáveis construções a pé. Caso seja necessário contrate um guia, pois apesar da cidade ser pequena, as ruelas não tem numeração o que pode dificultar o trajeto de turistas despreparados. Para facilitar, basta lembrar que a maioria dos restaurantes e bares fica na Ponta D’Areia, Renascença I e II e Calhau. Já o Centro Histórico fica logo após cruzar a Ponte José Sarney. Outra dica é evitar realizar os passeios na segunda-feira, pois todos os atrativos permanecem fechados neste dia.
O que fazer em São Luís
Percorrer o Centro Histórico é obrigatoriedade para qualquer visitante. Lá se encontram as mais de 4 mil construções tombadas que se tornaram patrimônio cultural por sua tradição. Lugares como o Palácio dos Leões, Teatro Arthur Azevedo, Convento das Mercês, o Beco Catarina Mina e o Fonte do Ribeirão são os mais visitados. Sem falar, é claro, das igrejas de arquitetura clássica como a Igreja do Carmo, Igreja do Desterro e Catedral da Sé. Para completar o passeio, uma voltinha para as compras, uma degustação em feiras típicas e restaurantes e um mergulho nas praias próximas são válidas.
Centro Histórico
O centro histórico reúne mais de quatro mil imóveis tombados pelo patrimônio histórico do estado, muitos deles estão na lista da Unesco pela arquitetura portuguesa de seus traços. O centro histórico deve ao que é hoje aos franceses, portugueses e espanhóis que influenciaram tanto os contornos arquitetônicos quanto o legado cultural deixado. Em quase todo casarão do século XVIII e XIX se vê a presença dos azulejos lusitanos. Na região são inúmeros museus, igrejas e espaços públicos que merecem destaque.
Veja a galeria de Fotos Centro Histórico de São Luís
Teatro Arthur Azevedo
O teatro tem estilo neoclássico e barroco. Foi construído no século XIX por comerciantes portugueses inspirados pelo teatro de Lisboa. Apesar do tempo, o teatro ainda continua conservado devido às restaurações. Dentro do teatro com visitas guiadas é possível conhecer a área da plateia, os camarotes, o palco, os camarins, salão nobre, galerias e varandas. Fica na Rua do Sol.
Palácio dos Leões
Construída pelos franceses em 1612, o edifício tornou-se sede do domínio português. As salas do palácio permanecem com a decoração francesa características do século XVIII e XIX. As paredes são embelezadas com os quadros da coleção de Arthur Azevedo, escritor maranhense já falecido. O prédio não é completamente aberto às visitas e pode ser fechado sem aviso prévio caso o governador esteja em um evento. Fica na Avenida Dom Pedro II.
Convento das Mercês
Erguida em 1657 pelo padre Antonio Vieira, passou por restauração e abriu para visitação em 2013. Neste local ficava instalada a Ordem dos Mercedários em 1905, após isso, passou a ser do governo estadual. Abriga um memorial ao ex-presidente José Sarney, o Museu de Memória Republicana e em julho é sede do Vale Festejar, um festejo tradicional que ocorre todos os anos. Fica na Rua da Palma.
Beco Catarina Mina
O trecho do beco reúne uma mistura de cores e uma escadaria com 35 degraus feitos de pedras de lioz do século 18. O nome é uma homenagem a Catarina, uma escrava que comprou sua própria alforria. Fica na Rua Djalma Dutra.
Fonte do Ribeirão
Este espaço é o melhor conservado dentre os outros casarões. Datada de 1796, essa admirável fonte reúne cinco jorros de água que saem de bocas de peixes e deuses representados por esculturas gigantes.
Igrejas
As igrejas localizadas no Centro Histórico traduzem todo o legado clássico do Maranhão. De arquitetura lusitana do século 17, a Catedral da Sé, a Igreja do Carmo e a Igreja do Desterro são cartões postais da cidade.
Catedral da Sé
Foi construída numa homenagem a Nossa Senhora da Vitória. Sua imagem é devota por ser considerada a protetora dos portugueses nos conflitos contra o exército francês. Em 1922 passou por reforma, sendo construída uma segunda torre. O estilo neoclássico, com revestimento em ouro e altar produzido por mão de obra indígena contribui para a catedral ser tão bela. Fica na Praça Dom Pedro II.
Igreja do Carmo
Hoje, o antigo convento, abriga um museu com arte religiosa, um confessionário clássico e máquinas rústicas de pedra que serviam para a produção de hóstias para as missas. O local é também residência de freis. Em meados do século 17 a igreja serviu de forte para combatentes que lutaram contra a invasão dos holandeses. Desde essa época as paredes e a porta de entrada foram mantidas intactas, mas os azulejos foram trocados em 1866 devido à deterioração. Fica na Praça João Lisboa.
Igreja do Desterro
Essa igreja foi construída no mesmo lugar da antiga igreja em homenagem a Nossa Senhora do Desterro no século 17. Fica no Largo do Desterro.
Museus
Historicamente não poderiam faltar museus na capital de Maranhão, uma vez que a cidade representa uma forte cultura que é referência em todo o Brasil e um legado histórico inegável advindo dos portugueses, franceses e espanhóis. São vários os museus que podem ser encontrados no Centro Histórico, desde locais que abrigam a cultura do negro, até obras de arte, objetos regionais e arquitetura neoclássica.
Museu Histórico e Artístico do Maranhão
Repleto de objetos históricos doados como as escarradeiras usadas para a prática do hobby de mascar tabaco e logo em seguida cuspi-lo, cadeira das amas de leite que remete a presença dos escravos no casarão, mesa de jantar de madeira, dentre outros artefatos do século 19. Pode ser encontrado no museu um manuscrito do escritos Aluísio de Azevedo. Fica na Rua do Sol.
Casa de Nhozinho
Conhecido como Nhozinho, o artesão Antônio Bruno Pinto Nogueira é um dos mais importantes artistas de Maranhão. Era conhecido pelos trabalhos na talha de buriti e por ter sido pioneiro em representar a festa Bumba Meu Boi em versão miniatura. Trabalhou até os 70 anos quando morreu vítima de uma doença degenerativa que já o tinha deixado cego de um olho. Até hoje é respeitado por toda população maranhense, o que desencadeou a criação da Casa de Nhozinho em homenagem ao artista. O acervo reúne artefatos regionais como bonecos gigantes, teares e utensílios de pesca. As visitas são guiadas. Fica na Rua Portugal.
Centro de Cultura Popular
Também chamada de Casa da Festa, nome justificado pelo acervo que abriga vestimentas, fantasias e objetos usados em festejos populares e religiosos como o candomblé, umbanda, tambor de crioula, tambor de mina, Festa do Divino e Carnaval que acontecem todos os anos na região e reúnem centenas de participantes. O casarão tem quatro andares. Fica na Rua do Giz.
Cafua das Mercês
Também chamado de Museu do Negro por ser um antigo depósito de escravos, este museu retrata hoje a história dos negros através de objetos do período escravatório como objetos de tortura e obras de arte que remetem a essa época e ao sofrimento do negro. Fica na Rua Jacinto Maia.
Museu de Artes Visuais
As visitas por este museu são guiadas. O local reserva uma incrível exposição de azulejos portugueses, ingleses, franceses e até alemães dos séculos 18 a 20. Pinturas de artistas brasileiras também tem destaque no museu, assim como algumas peças de arte religiosa. O ambiente convidativo abriga um mirante com vista para a baía de São Marcos e vista privilegiada do Mercado Praia Grande e Centro Histórico. Fica na Rua Portugal.
Casa do Maranhão
Antigo Prédio da Alfândega de 1873, este museu abriga objetos, vestimentas e instrumentos musicais utilizados durante a festa Bumba Meu Boi. Também contempla uma sala de vídeo que exibe documentários explicativos sobre a cultura maranhense. Fica na Rua do Trapiche.
Centro Histórico Solar de Vasconcelos
Este centro de exposições fica em um antigo sobrado e reflete a evolução do Centro Histórico nos últimos anos. Reúne também miniaturas de embarcações do povoado de Maranhão. Fica na Rua da Estrela.
Museu de Arte Sacra
Chamado de Solar do Barão de Grajaú, sua fachada é inteira revestida por azulejos tipicamente portugueses. O sobrado construído no século 19 abriga imagens sacras maneirista, barroca, rococó e neoclássica. É dividida em dois pavimentos. Fica na Rua Treze de Maio.
Praias de São Luís
As praias da capital maranhense e do seu em torno contribuem para denotar a beleza do Maranhão, com suas dunas, recifes e mata nativa que percorre toda a imensidão do mar. Apesar de algumas praias não serem indicadas para banho, apenas a apreciação da vista e o soprar dos ventos é suficiente para os turistas se sentirem em casa.
Calhau
É a praia mais bem localizada com calçadão para caminhadas, playground para as crianças, quiosques que servem petiscos e oferecem música ao vivo, além de ser rodeada por hotéis e restaurantes. Abriga dunas vegetação rasteiras e águas tranquilas ideais para banhos. Aos finais de semana os calçadões ficam tomados de corredores e ciclistas.
Araçagi
É um pouco mais afastada, a 19 km do centro no município de Ribamar. A praia repleta de dunas possui barracas exclusivas que servem petiscos típicos aos turistas. O acesso é feito a pé ou de carro, onde o veículo pode ficar estacionado ao lado da barraca sob a supervisão do dono.
Olho D´Água
Esta praia vive lotada principalmente por nativos e turistas. As dunas, morros e falésias são os principais atrativos. De julho a dezembro a praia atrai praticantes de esportes à vela que aproveitam a boa disposição do vento. Fica próximo a pousadas.
Ponta D’Areia
Por ficar próxima ao centro é a praia mais badalada e ideal para happy hours. Reúne inúmeras pessoas que se encontram nos restaurantes e bares de reggae ali próximos, na orla. A praia não é indicada para banhos.
São Marcos
É a preferida dos surfistas por ter ondas boas e bares próximos. Abriga as ruínas do Forte São Marcos construídas no século XVIII. Abrange uma vasta área verde de mata nativa e dunas.
Veja a galeria de Fotos da Praia São Marcos
Compras em São Luís
Sair de Maranhão e não levar ao menos uma lembrança para si mesmo e para seus entes queridos é quase um crime. Em São Luís existe a Casa das Tulhas e o Centro de Produção de Artesanato de Maranhão com quitutes deliciosos e objetos tradicionais que podem ser comprados facilmente a preços justos. Em Raposa, cidade vizinha, você também encontrar blusas, vestidos e saídas de banho tipicamente produzidas pelas rendeiras da região.
Casa das Tulhas
Também considerada uma construção histórica do século 19, essa casa também conhecida como Feira da Praia Grande, reúne várias barracas com produtos da região, panelas de ferro, doces típicos, cachaça, licores, temperos e outros quitutes. As sextas-feiras às 19h acontecem apresentações espontâneas do Tambor da Crioula, dança de roda regional. Vale a pena apreciar e bater uma foto. Fica na Rua da Estrela.
Ceprama
O Centro de Produção de Artesanato de Maranhão faz jus à tradição maranhense e vende produtos tradicionais como reproduções do azulejo lusitano e miniaturas da festa bumba meu boi. Além disso, traz obras de arte como objetos em cerâmica, telas pintadas a óleo, teares, bordados, rendas, licores adocicados e doces artesanais. O espaço foi aumentado em 2012, após revitalização do governo.
Raposa
Este município fica a pouco menos de 30 km de São Luís e vale a pena ser visitado pelos compradores. Além de ser a maior colônia de pesca da região, a cidade vende roupas de renda de bilro nas casinhas na Avenida Principal. Uma ótima pedida para quem quer levar presentes ou precisa de uma saída de banho para curtir as praias.
Quando ir à São Luís
O segundo semestre do ano, de junho a dezembro é a melhor época pra se visitar, pois o vento que sopra nesse período ameniza o calor. De janeiro a junho chove o tempo todo, o que propicia a pesca farta. Apesar de ser a alegria de pescadores e produtores de frutas, não é o ideal para quem está a passeio e pretende conhecer as praias. Para os interessados em participar dos eventos da capital, em junho acontece o Bumba Meu Boi que começa a ser preparado já no final de maio e a tradicional festa de São João em julho.
Eventos e Festejos
Por ser tão tradicional, Maranhão é repleta de eventos, comemorações e festas o ano todo. A sede desses festejos é a capital do estado que realiza anualmente o Bumba Meu boi, festa mais típica de todas, e o Vale Festejar, uma espécie de São João fora de época. Esses eventos atraem centenas de turistas interessados na cultura maranhense.
Bumba Meu Boi
É a festa mais tradicional do povo maranhense. Isso porque remete às brincadeiras dos escravos no século XVIII. O festejo se inicia com o encontro de inúmeros grupos folclóricos que se reúnem nas ruas de São Luís. De lá partem pelas ruelas da cidade fazendo apresentações e levando animação aos espectadores. Essas apresentações são, na verdade, encenações que recontam a história da escrava Catirina e seu marido que tentam ressuscitar um animal morto. A festa é marcada por bois coloridos e muita dança. O evento acontece sempre no dia 13 de junho, dia de Santo Antônio. Porém são nos dias de São João, no dia 24, São Pedro no dia 29 e São Marçal no dia 30 que as festas ficam mais intensas e recebem mais visitantes.
Veja a galeria de Fotos da Festa Bumba Meu Boi
Maranhão Vale Festejar
Para os visitantes que perderem a festa Bumba Meu Boi no meio do ano, o Maranhão Vale Festejar garante animação em qualquer época. Isso porque a festa é organizada e acontece todos os finais de semana na Lagoa do Jansen com apresentações musicais e folclóricas de grupos dos arredores.
Como Chegar em São Luís
De avião:
Voos diretos acontecem de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Brasília, Teresina, Fortaleza e Belém.
De carro:
O acesso principal partindo das capitais é a BR-135
De ônibus:
Das principais capitais brasileiras saem ônibus das empresas São Geraldo, Itapemirim e Guanabara.
Informações Úteis de São Luís
Secretaria de Turismo: (98) 3212-6215 www.saoluis.ma.gov.br
Secretaria Estadual de Turismo: (98) 3231-4696
Ponto de Informações Turísticas: (98) 3212-6211
Aeroporto Marechal Cunha Machado: (98) 3217-6101
Rodoviária: (98) 3249-2488
Bancos: Por ser a capital do Maranhão e de uma infraestrutura bem elaborada, São Luís possui quase todos os bancos (Real, Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, BNB, Caixa, Banco da Amazônia, Sudameris, Unibanco, HSBC, Rural e caixa 24 horas).
Distância de São Luís: São Paulo – 2.970 km / Rio de Janeiro – 3.015 km / Salvador: 1.599 km / Fortaleza – 1.070 / Belém – 806 km.
Clima: tropical, com temperatura que varia de 20º a 31º.