PRAIA DE MANGUE SECO: o que saber antes de ir e o que fazer
Cenário de gravação da novela Tieta do Agreste no final da década de 80, a praia de Mangue Seco rapidamente ganhou fama. Localizada na pequena Jandaíra, no litoral norte da Bahia, a região fica quase no limite com Sergipe, e atrai muitos turistas vindos dos dois estados, além de visitantes internacionais graças a sua beleza imensa.
E a paisagem não poderia ser mais bela. São dunas de areia bem branca, com a foz do Rio Real para dividir as atenções entre a praia de água doce e o mar. Restingas, mangues e muitos coqueiros completam a incrível beleza do local, que ainda segue com aquele clima bem aconchegante de vilarejo de pescadores, sem muita estrutura e onde a paz e o sossego imperam.
Embora Jandaíra tenha cerca de 10 mil habitantes, os moradores da vila de Mangue Seco não passam de duzentos. Com a dificuldade relativa para o acesso – é preciso de bugue para atravessar as dunas ou barco para percorrer o rio – dá para imaginar como a região fica bastante intocada e exclusiva para quem visita, não é? Seus quase 30 km de praias são ideias para quem procura descansar em meio a um cenário (literalmente) de novela.
Nesse post, vamos dar dicas essenciais para você se programar e visitar esse pedacinho do paraíso na Bahia!
Como chegar em Mangue Seco
É bastante comum que Mangue Seco seja visitada por turistas que vão e voltam no mesmo dia – o famoso bate e volta. Isso por conta da proximidade de cidades como Salvador, que fica a 200 km e três horas de carro, e Aracaju, a 130 km e duas horas de estrada. Outros destinos populares do litoral baiano também são próximos, como Costa do Sauípe (110 km) e Praia do Forte (130 km) – e delas também saem muitos passeios para Mangue Seco.
Além disso, a estrutura em Mangue Seco ainda é pequena, o que leva mais a gente a desistir de pernoitar no vilarejo.
Para chegar, é preciso descer em Salvador ou Aracaju de avião e seguir o resto do caminho de carro ou táxi. Vindo de Sergipe, o melhor é descer em Porto do Mato, na cidade sergipana de Estância, e pegar uma lancha – ou então em Pontal, de onde saem barcas coletivas ou lanchas o tempo todo. Já para quem vem da Bahia, a opção é ir até a praia Costa Azul, também em Jandaíra, seguindo a Linha Verde, e atravessar com um veículo 4×4 na maré baixa. Mas há proibição em determinados pontos por conta da desova de tartarugas. É bom se informar antes de fazer o percurso.
Quando ir
Naturalmente, o verão é sempre a melhor opção para frequentar as melhores praias do Brasil. Não é diferente em Mangue Seco, com a estação permitindo mais certeza de tempo bom e sol forte para curtir ao máximo o mar do litoral norte da Bahia. No entanto, estamos falando de Nordeste, a região que tem sempre clima quente o ano inteiro.
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Para quem quer fugir da alta temporada e da possibilidade da praia estar mais cheia do que o normal, a visita nos meses de outono e primavera pode ser uma boa opção. Outubro, por exemplo, costuma ser um mês com pouca chance de chuva e já bastante calor para curtir bastante Mangue Seco e arredores. Vale notar que os meses de abril e maio são os mais chuvosos na região.
O que fazer em Mangue Seco
Em uma praia quase sempre deserta e com um cenário paradisíaco na costa baiana, tudo o que a maioria das pessoas quer fazer é apenas pegar um sol, mergulhar no mar e beber um coco gelado ou uma cerveja. E o vilarejo de Mangue Seco também se enquadra nisso, já que curtir os seus 30 km de faixa de areia é o grande atrativo por lá e, em geral, com bastante sossego para relaxar e descansar.
A praia de Mangue Seco em si é bastante rústica, com barracas simples para atender os turistas e redes para deixar a preguiça rolar solta debaixo do sol forte do Nordeste. E seu pôr do sol é considerado um dos mais bonitos do litoral norte – definitivamente vale a pena esperar até o fim da tarde para apreciar o espetáculo da natureza. Para chegar nela, basta caminhar pela margem do Rio Real e seguir o caminho de areia durante a maré baixa. Caso esteja alta, o melhor é contornar pelas dunas (ou contratar um bugue para isso).
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A vila oferece alguns bons restaurantes caseiros de comidas típicas nordestinas e baianas, com maior destaque para a estrela da culinária local, a moqueca de aratu – uma espécie de crustáceo muito encontrada nos manguezais da região. Ele tem coloração avermelhada e também é muito usado para cozinhar casquinhas e ensopados. Na praia é possível comer a chamada moquequinha de folha, feita com carne de aratu desfiada e temperada com cominho, coentro e pimentão. O toque final é embalar o quitute em uma folha de palmeira de licuri e tostá-la na brasa para dar um delicioso gostinho defumado. Huumm…
É no centrinho da vila, formado por ruazinhas de areia e uma praça (que tem a igreja do vilarejo), que ficam também as pousadas. Elas seguem a mesma ambientação do resto das redondezas, em geral bastante rústicas, o que sempre acaba gerando aquele clima bucólico muito agradável e aconchegante para quem se hospeda em uma delas.
Os passeios mais procurados por turistas na vila são os de bugue. Neles, é possível percorrer as incríveis dunas da região e visitar as praias vizinhas de Jandaíra e da Costa Azul. Percorrendo os vales e montanhas de areia, a paisagem vai se revelando cada vez mais bela com seus coqueiros, cajueiros e paradas na Duna do Caju, a mais alta de Mangue Seco, e na dupla Romeu e Julieta: dois coqueiros pareados isolados dos demais que rendem ótimas fotos! O tour dura entre 20 minutos e uma hora e meia, dependendo do que o turista deseja, e pode ser contratado no centro do povoado.
Outro passeio que pode – e deve! – ser feito a partir de Mangue Seco é até a belíssima Ilha da Sogra. Localizada já em mar sergipano, os barcos partem do Rio Real até ela, que na verdade é um banco de areia temporário formado nas marés baixas. E há uma lenda curiosa para a história de seu nome. Dizem que um grupo de visitantes chegou e, como a sogra de um deles era muito chata, foi deixada lá. Outra versão conta que ele apenas esqueceu a sogra ao voltar para a cidade para resolver problemas. Na pequena ilha em si, as piscinas naturais são a grande atração em seu mar verde claro e podem mudar de lugar de acordo com o vento e o banco de areia. Hoje, a Ilha da Sogra já é uma das pérolas do litoral de Sergipe.
Também já no lado sergipano está a deslumbrante Praia do Saco. Ela fica do outro lado do Rio Real, já no município de Estância, e é considerada uma das mais belas do estado. Em uma enseada de cerca de 5 km, com manguezais e outros cinco rios desaguando no mar, além das dunas e coqueirais… o cenário é realmente de tirar o fôlego. Locais como a Lagoa Grande, a maior de Sergipe, e a Praia de Abaís, também podem ser visitadas partindo de Mangue Seco pela proximidade.
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Com todo esse ambiente rústico e bucólico de um pequeno vilarejo de pescadores até hoje bastante preservado e razoavelmente intocado, a praia de Mangue Seco e toda sua região próxima compõem um dos mais valiosos cenários do norte da Bahia e do sul de Sergipe. São rios, dunas, manguezais, coqueiros e piscinas naturais em um ecossistema riquíssimo e diversificado.Some-se a isso a cultural regional, a culinária diferente e deliciosa da vila e a possibilidade de relaxar com muita sombra e água fresca em um verdadeiro paraíso que certamente merece sua visita! E é bom aproveitar enquanto a badalação ainda não chegou a essa última fronteira do litoral baiano.***
Agora que você já leu o que saber antes de ir e o que fazer em Mangue Seco, bóra planejar a viagem pra lá?