Passeio de catamarã pelos CÂNIONS DO RIO SÃO FRANCISCO

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O Rio São Francisco é o rio mais importante do Nordeste. Apelidado carinhosamente de Velho Chico, ele se estende por cinco estados, com o incrível número de 521 municípios se fazendo valer de seus recursos. Após nascer em Medeiros, Minas Gerais, ele forma o limite ao norte entre Bahia e Pernambuco até desaguar em Piaçabuçu, na divisa entre Alagoas e Sergipe. E é justamente em seu trecho sergipano que se esconde a maior beleza (ou se escondia até pouco tempo atrás): os cânions do Rio São Francisco tem como estrela principal, e mais renomada, o Cânion do Xingó, que é assim chamado pela usina hidrelétrica de mesmo nome.

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Todo o conjunto do Cânion do Xingó faz parte de uma unidade de conservação e é tombado como Monumento Natural brasileiro. Já deu para perceber a imponência e a beleza dessa região do São Francisco, não é?

E tudo começa em Canindé do São Francisco, pequeno município de menos de 30 mil habitantes próximo dos limites sergipanos e alagoanos – mas fica em Sergipe. Apesar do tamanho reduzido, a cidade vem recebendo um grande fluxo de turistas por conta dos cânions e do rio, já que muitos passeios desbravam suas águas à procura das maiores belezas do Velho Chico – indo muitas vezes até a sua foz.

Curta também o Passeio de barco até a Foz do Rio São Francisco

E todo o misticismo dos cânions do São Francisco pode ser conhecido em um passeio de catamarã que apresenta aos visitantes de todos os cantos do mundo o que há de mais belo por lá.

Como chegar aos cânions do Rio São Francisco

Canindé fica a 200 km de Aracaju, capital de Sergipe, o que significa pouco mais de três horas de estrada para quem decidir ir de carro. O caminho, chamado de Rota do Sertão, deve ser feito pelas rodovias BR 235 e SE 175. Já vindo de Maceió são 300 km e aproximadamente quatro horas de viagem. O trajeto deve seguir a AL 101 e a AL 220.

Quem faz o passeio costuma passar ao menos uma noite na pequena cidade do interior para aproveitar ao máximo e curtir sem pressa. Os traslados de apenas um dia, no esquema de bate e volta, são vendidos por agências de turismo nas duas capitais, mas são menos recomendados. Tudo por conta da distância e da necessidade de sair para pegar a estrada muito cedo.

De Aracaju, os ônibus de turismo costumam buscar os interessados às 6h30 da manhã nos hotéis para seguir até o restaurante Karranca’s, em Canindé, de onde saem os catamarãs. Na volta, a chegada à capital sergipana costuma ser prevista para 19h30. Como são três horas, mais ou menos, dá para fazer a conta aproximada: o tempo passado no rio é de 9h30 até 16h30.

De Maceió fica ainda mais pesado, mas existem agências oferecendo o passeio. As vans começam a coletar os passageiros ainda antes de 5h da manhã – já que são pouco mais de quatro horas de estrada.

Uma terceira opção saindo de capital é através de Salvador. Da cidade baiana sai o único voo que deixa mais perto de Canindé: a Azul leva até Paulo Afonso, que fica a apenas 75 km de lá. Então pode ser uma alternativa fazer isso e alugar um carro para chegar ao destino final. Para quem prefere ir de ônibus, vale lembrar que não existem opções saindo de Maceió. De Aracaju a empresa Rota faz o trajeto, que leva quase quatro horas.

Muita gente, principalmente os turistas que vêm de Alagoas, preferem ficar na cidade alagoana de Piranhas em vez de Canindé. Ela fica somente 18 km ao norte da sua vizinha sergipana, e era onde Lampião e sua trupe de cangaceiros montava acampamento no sertão nordestino.

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De modo geral, alugar um carro em Aracaju pode ser considerada a melhor opção. As estradas até Canindé são bem sinalizadas e o caminho é tranquilo, embora um pouco longo. E o turista fica com maior mobilidade para se locomover, já que os pontos de saída do passeio podem variar e ainda existem outros atrativos nas proximidades – como Piranhas.

Quando ir ao Velho Chico e seus cânions

Por estarmos falando do sertão nordestino, em geral não há muita chuva para se preocupar. E, mesmo que aconteça, o passeio pelos cânions do Rio São Francisco e pelo Xingó não é cancelado – só é chato pegar chuva, mas fazer o que? Então sempre dê uma olhada na previsão do tempo alguns dias antes. O período de chuvas por lá acontece entre maio e julho.

E como é Nordeste, naturalmente no verão o turismo cresce bastante. Entre agosto e fevereiro fica bastante seco na região, e as chuvas são raras. E, claro, na alta temporada tudo fica mais cheio. Em janeiro e durante os feriados e finais de semana da época o melhor a fazer é reservar tudo que puder com antecedência.

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O passeio pelo São Francisco no Cânion do Xingó

O passeio de catamarã pelo Rio São Francisco tem como destino mais famoso o Cânion do Xingó. O mais conhecido sai do restaurante Karranca’s e dura entre duas e três horas. Em meia hora de navegação chega-se até lá, onde os turistas podem mergulhar, tirar muitas fotos e até mesmo fazer rapel. A água do Velho Chico por ali é bem verdinha e quase transparente, completando um cenário incrível.

Ainda duvida das belezas de lá? Dê uma olhada nas fotos do passeio de catamarã pelo Rio São Francisco e o Cânion do Xingó. Clique aqui!

Para entrar no meio dos cânions e se deparar com um visual ainda mais deslumbrante, existem barquinhos menores que conseguem passar – os catamarãs não entram. Muita gente aproveita para fazer stand up paddle em meio a tanto beleza natural, e definitivamente vale a pena.

A parada é feita na Gruta do Talhado, onde há uma estátua em homenagem a São Francisco, e também em um ponto do apoio, onde os turistas descem e podem mergulhar no rio! Imperdível!

Foto barco com turistas pelo Cânion do Xingó

O passeio de catamarã começa no restaurante Karranca’s e em alguns minutos você começa a apreciar toda a beleza do Velho Chico, em Canindé de São Francisco, SE.
Fotos de Ricardo Junior / www.ricardojuniorfotografias.com.br

Foto canoa leva turistas aos pontos estreitos do Cânion do Xingó

Barquinhos menores, tipo canoas, levam os turistas aos pontos mais estreitos do Cânion do Xingó, em Canindé de São Francisco, SE.
Fotos de Ricardo Junior / www.ricardojuniorfotografias.com.br

Foto turistas mergulhando nas águas do Rio São Francisco.

Na Gruta do Talhado existe um ponto de apoio onde é possível descer e mergulhas nas águas do Rio São Francisco, no Cânion do Xingó.
Fotos de Ricardo Junior / www.ricardojuniorfotografias.com.br

Há uma alternativa menos explorada, mas que dá mais liberdade ao visitante. Da cidade alagoana de Olho D’Água do Casado, vizinha de Piranhas, saem barcos e lanchas pelo Rio São Francisco, e esse passeio inclui mais coisa do que o catamarã, que é mais engessado. Nele, é possível conhecer também o Vale dos Mestres, de beleza ainda mais rústica e exuberante, que fica na tríplice fronteira entre Sergipe, Alagoas e Bahia.

Os barquinhos param em um restaurante na beira do rio para almoço. O ideal é sair de manhã para aproveitar ao máximo, já que o passeio inclui cerca de uma hora e meia de navegação e mais o mesmo tempo em parada para banho de rio.Estando na região, aproveite a faça a Rota do Cangaço, que também tem um passeio de barco saindo de Piranhas e seguindo pelo rio São Francisco na sua parte mais rasa. Ainda leva por uma trilha até o local onde Lampião e Maria Bonita foram emboscados e assassinados com seu bando perto da Grota de Angicos.Para quem tem mais tempo, vale a pena explorar essas opções além do tradicional Cânion do Xingó.Outros passeios bastante populares na região são a visita guiada pela Usina Hidrelétrica do Xingó e a trilha por terra ao Vale dos Mestres, que passa por três sítios arqueológicos com pinturas rupestres de mais de 3 mil anos.

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Foto da Usina Hidrelétrica do Xingó.

A Usina Hidrelétrica do Xingó oferece visita guiada e você pode fazer no mesmo dia que o passeio pelos Cânions.
Fotos de Ricardo Junior / www.ricardojuniorfotografias.com.br

Quem está com tempo, pode aproveitar para esticar até a Foz do Rio São Francisco. Mas não fica pertinho: por terra são 250 km até Piaçabuçu. O cenário, porém, compensa bastante, com destino final revelando uma paisagem quase caribenha de coqueiros, dunas, areia branquinha e águas cristalinas.

Para isso, o melhor é viajar até lá de carro e ficar em Piaçabuçu ou ainda na cidade alagoas de Penedo, mais estruturada – e é uma região histórica, com muitas igrejas e o Forte da Rocheira para visitar. Ela está a apenas 27 km de sua vizinha alagoana, que é de onde saem os passeios até a foz. No passeio em si, é possível ver a bela mata que cerca o Velho Chico, parar para mergulho e visitar uma pequena ilha com um farol abandonado.

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O Rio São Francisco possui inúmeras belezas de tirar o fôlego em sua imensa extensão. Mas, para sorte de alagoanos e sergipanos, suas grandes joias estão no fim do caminho, quase chegando ao mar. E turistas do mundo inteiro já vêm percebendo que esse passeio é imperdível… você vai perder essa? Curta o passeio de barco pelo Cânion do Xingó e depois conta pra gente como foi!

Por Guia Viagens Brasil Texto: Thaisy Sluszz Fotos:  Ricardo Junior 04 de março de 2018


 

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