MANGUE SECO: um encanto da Costa dos Coqueiros
No extremo norte da Bahia, na divisa com Sergipe, está Mangue Seco, uma encantadora vila que abriga ruelas de areia, uma pequena igreja em sua praça central, típicas casinhas nordestinas e duas praias paradisíacas cercadas por dunas, coqueiros e rios. O cenário é cinematográfico e, não à toa, foi escolhido como palco da novela e filme Tieta – inspirados no livro ‘Tieta do Agreste’, de Jorge Amado -, tornando assim o vilarejo mundialmente conhecido.
Porém, a fama global não tirou a paz desse escondido pedaço da Costa dos Coqueiros, no município de Jandaíra, a 114 km de Aracaju e a 250 km de Salvador, que mesmo durante a alta temporada, nos meses de verão, garante aos visitantes a tranquilidade tão desejada.
A maior parte dos que conhecem o local optam por passar o dia por lá e, após se deliciar com tantas belezas, retornam para suas cidades de origem, sendo geralmente Aracaju ou ainda praias ao norte de Salvador, como a Costa do Sauípe ou a Praia do Forte. Independente de qual direção se chega a Mangue Seco, é necessário deixar o carro na vila de Pontal e atravessar o Rio Real com uma embarcação, levando cerca de 20 minutos para chegar ao povoado de Mangue Seco.
O desembarque é feito na própria vila, pequena e muito simples. De lá, a opção mais pedida pelos turistas é subir em um bugue, pôr os braços para cima e aproveitar a sensação de liberdade ao percorrer as gigantescas dunas da região e chegar até as praias Mangue Seco e Costa Azul. A primeira delas pode ser acessada também por caminhadas durante a maré baixa ou ainda pela orla do rio.
O passeio é completo e atrai os turistas que buscam momentos de descanso, uma rede para deitar, um renovador banho de mar, outro relaxante banho de rio, boa comida e, como não, uma pitada de emoção no subir e descer dos enormes paredões de areia a bordo do bugue.
A primeira parada é a Praia de Mangue Seco, com 30 km de extensão e grandes dunas. Na maré baixa as águas são tranquilas e a paisagem se completa com os coqueiros que emolduram a orla e os rios que entrecortam a areia. Na maré alta a praia convida os surfistas a mergulharem em suas fortes ondas.
De lá, o passeio segue para a Praia Costa Azul. Já no caminho, se a maré estiver baixa, é possível ver os destroços de um navio que naufragou na região, tornando a paisagem um tanto quanto curiosa. Costa Azul conta com uma longa faixa de areia, ideal para caminhadas, e um mar repleto de ondas que atrai os surfistas.
Barracas de praia estão prontas para receber os visitantes, oferecendo a eles uma boa rede para deitar, sombra e água fresca. Mas como não se vive apenas a base de água, nessas barracas é possível encontrar saborosos e fresquíssimos peixes e frutos do mar. Isso graças a privilegiada posição da vila, que é banhada pelo encontro do rio com o mar e, assim, garante uma rica vida embaixo d´água.
Os rios que contornam a vila também oferecem um segundo passeio para os que visitam Mangue Seco. A bordo de uma embarcação o turista conhece o Rio Fundo e o Rio Real, presencia bem de perto a paisagem do manguezal e pode ainda se refrescar em suas águas. No Real, por ser uma mistura de água salgada com doce, tem a salinidade ideal para boiar com facilidade, o que torna o momento ainda mais agradável e relaxante.
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Para quem foi passar um dia no vilarejo, após tantas atrações, é hora de voltar para a vila, dar uma volta por suas ruelas, se refrescar com sorvetes artesanais feitos pelos moradores, comprar uma lembrancinha nas barracas de artesanato e retornar à embarcação que leva para o outro lado do rio. Já para quem optou por ficar mais tempo em Mangue Seco, pode se hospedar nas pousadas que ficam próximas à praia e aproveitar o dia seguinte para conhecer a Ilha da Sogra e a Praia do Saco, a dez minutos do vilarejo e possíveis de chegar com passeios de lancha.
Ambas pertencem à Sergipe, no município de Estância. A Ilha da Sogra é um grande banco de areia entre o rio e o mar, sem qualquer vegetação e que proporciona banhos muito agradáveis. A sensação é de estar no meio do nada. Quando a maré sobe, o banco de areia é engolido pela água. Sobre seu curioso nome, diz a lenda que um homem, cansado de sua sogra, convidou-a para um passeio e a deixou lá. Ela, misteriosamente, conseguiu retornar sã e salva para sua casa. Já a Praia do Saco conta com mais estrutura, com pousadas e restaurantes, além de bugues que convidam os viajantes a passearem por suas dunas e cantinhos mais escondidos.
Seja por um dia, seja por uma semana, esse pedacinho privilegiado do Brasil na Costa dos Coqueiros encanta os visitantes e não decepciona os turistas que vão em busca de relaxamento, descanso e belíssimas paisagens.