Festa do Bumba-Meu-Boi: A mais marcante da cultura popular maranhense
O folclore pode ter perdido um tanto do seu fantasioso mito em grandes polos urbanos, mas acrescenta – e muito – ainda, na história e rotina nordestina. Em especial, a maranhense, que abre as portas da surrealidade em festas populares que tomam as suas cidades, entre os meses de junho e julho.
Arraiais invadem a rotina da capital do Maranhão, São Luís, e impõem novas cores e sons à arquitetura histórica do centro da cidade. Em uma folclórica mistura de apresentações cênicas, entre apresentações teatrais, musicais e de dança, as festas ocorrem com frequência e profunda aceitação tanto dos nativos quanto de turistas, que marcam o período de festas no calendário para comparecer a São Luís do Maranhão.
Nascida ainda no século XVIII, a festividade do Bumba-Meu-Boi conta e reconta em diferentes ritmos e alegorias a história do escravo Pai Francisco, que sacrificou um boi do seu senhor colonial em virtude de saciar o desejo da esposa grávida em comer a língua do animal, que volta à vida após encantos e muito trabalho de pajés locais, o que coloca a população local em festividades para celebrar a volta do bovino.
Neste período, São Luís abriga uma dezena de variedades na forma de contar e expressar a história. Entre as mais famosas que tomam as ruas e dão um ritmo único e especial à narrativa, estão a musicalidade da matraca, da zabumba, da orquestra – em um banda de instrumentos de sopro e corda –, o tom leve e rítmico da baixada e, por fim, a costa de mão, embalado por pandeiros, caixas e maracás.
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