Alter do Chão: um passeio pela Ilha do Amor paraense
O Brasil tem uns cantinhos que bate aquela vontade de sentar e ficar admirando por horas e horas. É o caso de Alter do Chão, uma pequenina ilha em Santarém, no Pará. Sabemos que a natureza do Norte do nosso país parece a mais privilegiada de todas, mas aqui temos a certeza absoluta disso. Pequena, podemos dizer que Alter do Chão é apenas uma faixa litorânea. Por outro lado, um dia aqui é pouco para explorar tudo o que esse braço de mar que encontra o rio tem para oferecer aos seus turistas.
A famosa Ilha do Amor do Pará ganhou o título de ‘Caribe Amazônico’ e a gente vai te mostrar o porquê! Se planeja passear pela região Norte, que tal pensar em dar aquela passadinha por aqui também? Garantimos que será amor logo de cara! Conheça!
Uma aldeia perdida em meio à Selva que guarda inúmeras belezas naturais
Partindo do centro de Santarém, são 35 quilômetros exatos até Alter do Chão. Aqui existe uma aldeia de pescadores que vive bastante isolada de toda a civilização, apesar de Santarém ser a segunda maior cidade do estado. Mesmo dentro de uma rusticidade encantadora, os moradores de Alter do Chão permanecem dentro de um estilo de vida simples, pacato e aproveitando o que há de melhor na ilha: a paisagem.
Até que haja a seca, talvez a sua viagem não seja tão favorecida. Isso não significa também que não dá para aproveitar o destino. Em qualquer época do ano todas as belezas naturais de Alter do Chão servirão como cenário para lindas fotos, com certeza. Para quem quer explorar mais o destino, é preciso programar. Já no finalzinho do texto você encontra essas dicas que farão você acertar na data das férias na Ilha do Amor.
O que vai chamar sua atenção de cara é o azul das águas. Foi justamente daí que veio o apelido de Caribe Amazônico. Esse mesmo tom, partindo de todo o litoral Norte do Brasil, só há aqui. Entre os passeios por Alter do Chão que você fazer, destacamos:
Ponta de Cururu
Para quem procura aquele banho mais tranquilo esse é o lugar. Essa ponta é uma praia com 2 quilômetros de extensão que vai além-mar apenas nos meses de seca. Um banco de areia é formado e os turistas aproveitam o espaço e a paisagem.
Floresta Encantada
Cantinho destinado para os turistas aventureiros e que não dispensam conhecer a ecologia dos seus destinos de férias. É um passeio que você só faz também no período de seca, por todo o Lago Verde. Dá para explorar a fauna e a flora da região e você consegue observar os peixes e lindos macaquinhos que vivem na floresta. Você entenderá o nome quando conseguir ver a beleza dessa paisagem.
Canal do Jari
O Canal do Jai também proporciona alguns bons mergulhos, mas precisa de atenção sobre a correnteza e profundidade do rio. Trata-se de um braço do Rio Amazonas que chega até Alter do Chão. Você pode ainda partir ou chegar até aqui de barco, em um belo trajeto.
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Flona (Floresta Nacional) do Tapajós
Essa vegetação também rende ótimas trilhas e caminhos para serem explorados. É possível fazer o passeio por conta própria, não há riscos ou grandes dificuldades em completá-lo. Ainda assim, a melhor opção sempre será a contratação de guias especializados, já que as trilhas são de aproximadamente 20 quilômetros.
Rio Tapajós
Por último, destacamos o próprio Rio Tapajós, que serve tanto para banhos como para passeios. Esse passeio pode ser, inclusive, já feito se você optou por chegar aqui de barco.
Carnaval e Sairé: dias de festas para suas férias
Se você gosta mais é de aproveitar destinos com muito movimento e festa, pode chegar por Alter do Chão no período do carnaval ou em setembro, quando acontece a tradicional festa do Boto, a Sairé. Durante o carnaval muitos carros de som são encontrados por toda a praia.
Apesar de ser um período onde as chuvas já estão mais presentes, os turistas não deixam de aproveitar o destino e fazer a festa. Um costume muito comum no carnaval da região Norte e Nordeste do Brasil é o Mela-Mela. Trata-se de festas onde todos fazem uma guerra amigável de lama de mangue, ou de um “mingau seco”, misturando farinha de trigo e amigo de milho. Já pensou na bagunça e diversão, não é?
Já a festa de Sairé acontece sempre na segunda semana de setembro. Trata-se de um carnaval fora de época, onde há o desfile de grupos folclóricos “defendendo” a história de dois botos bem tradicionais para a cultura paraense: o Boto Rosa e o Boto Tucuxi. Essa é a maior manifestação cultural de todo o estado do Pará!
Quando visitar Alter do Chão
Como a gente citou logo no início, é preciso programar a sua viagem se quiser aproveitar tudo o que Alter do Chão tem para oferecer aos seus turistas. Como todas as praias do Pará, essa é formada por águas do rio. Sendo assim, se não for uma época de baixa das águas, você pode não conseguir chegar em determinados pontos da praia, nem aproveitar todas as piscinas naturais e belezas locais.
Os melhores meses para estar aqui é entre agosto e janeiro. É quando o Rio Tapajós se mantém na seca e com suas águas bem baixas. Em novembro e dezembro você encontra a maior baixa, permitindo que piscinas se formem em toda a extensão de Alter do Chão. É quando as barracas de praia armam as suas palhoças nos bancos de areia, permitindo que você explore ainda mais o cenário.
As chuvas mais espaçosas começam em janeiro e vão até julho. Entre março e maio é o período onde elas acontecem com mais intensidade. É possível conhecer bastante de Alter do Chão nessa época, mas você corre o risco de perder alguns dias de passeio devido o tempo. Por outro lado, é uma época onde tudo é mais barato e muitos turistas arriscam, mesmo com as chances de chuva.
Como chegar
Se você vem de qualquer cidade brasileira para o Pará apenas para conhecer Alter do Chão, a melhor opção é buscar um voo com desembarque em Santarém. Desse ponto, é possível pegar um táxi até o portinho de Alter do Chão ou contratar o transfer em diversas agências que estão instaladas também no desembarque. A média que você gastará de táxi ou transfer é de 50 a 100 reais. A viagem é de 25 quilômetros que você faz em no máximo 1 hora. É possível, claro, partir de Manaus ou Belém, mas nesses dois casos a viagem é muito maior.
Para quem quer economizar um pouco mais, é possível pegar dois ônibus para fazer o mesmo trajeto. Você pega uma linha de ônibus do aeroporto até Alter do Chão. Se partiu de Belém, será necessário se deslocar até a rodoviária da capital, pegar uma linha até Santarém e depois a segunda linha até a praia.
Existe ainda uma terceira forma de chegar em Alter do Chão, que geralmente é a mais procurada também. Você pode fazer o percurso de Belém ou de Manaus até aqui de barco. Além de poder aproveitar o passeio em si, ainda conhecerá boa parte dos rios Amazonas e Tapajós. Nesse caso, você gasta em média 100 a 150 reais por pessoa. As embarcações são muito seguras e confortáveis.
Viagem para todos os bolsos
Para os viajantes convencionais e mochileiros de plantão, Alter do Chão também parece ser um dos destinos mais baratos do país. Mesmo com toda a fama, sendo listada em diversos roteiros nacionais, a acessibilidade financeira ainda é mantida aqui.
É possível encontrar casinhas de veraneios e pousadas mais simples com preços de diária bem baratos. Se você procura algo bem mais estruturado, pode buscar um hotel mais completo no centro de Santarém, ainda assim pagando bem abaixo do que outros destinos, de igual fama, cobram de seus turistas.
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Gostou da nossa dica de passeio? Você já conhecia Alter do Chão? Em 2010, o jornal inglês The Guardian fez um Top 10 de Praias do Brasil(www.theguardian.com) e esse litoral paraense estava na lista. Não dá para deixar de conhecer, concorda? Depois, conta pra gente como foi a sua viagem, combinado?