OURO PRETO: o que saber antes de ir e o que fazer
Ruas de pedra, ladeiras sem fim, igrejas e casarões antigos. Quem gosta de voltar ao passado e imaginar como era o Brasil nos séculos 18 e 19 não precisa ir muito além de Ouro Preto. Fundada em 1717, no auge do Ciclo do Ouro, a cidade mineira ainda guarda muito do período colonial e por isso mesma foi agraciada com o título de Patrimônio Mundial da UNESCO.
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A antiga Vila Rica hoje abriga apenas 70 mil habitantes, mas já foi a maior cidade de todas as Américas. A importância do garimpo de ouro para a economia do Brasil quando colônia levou mais de 40 mil pessoas a se mudar para lá logo depois que foi estabelecida, duas vezes mais gente do que abrigava Nova York na ocasião, por exemplo. Com seu charme saudosista, hoje Ouro Preto recebe um grande influxo de turistas para conhecer um pouco do nosso passado colonial.
Mas não pense que é só de turismo histórico e cultural que vive a cidade. Nos arredores existem parques repletos de trilhas incríveis e belas cachoeiras, com todo um ecossistema de mata nativa e fauna e flora de se admirar. Por essas e outras, o ecoturismo também cresceu bastante na região. E o melhor de tudo é que é possível se deliciar com esses dois mundos quando se viaja para lá.
Como chegar em Ouro Preto
Ouro Preto fica a menos de 100 km de Belo Horizonte, em viagem de aproximadamente uma hora e meia de carro. E por isso mesmo é bastante fácil de chegar através da capital – seja de ônibus, carro alugado e mesmo táxi ou Uber. Do Aeroporto de Confins já é possível alugar um veículo para pegar a estrada, que é considerada uma das mais bonitas do Brasil, diretamente pelo interior de Minas Gerais e rumando ao passado colonial viajando pela rodovia BR 356.
Ainda é possível dirigir de outras capitais próximas, como o Rio de Janeiro (400 km de distância) e São Paulo (680 km). Não faltam também opções de ônibus de todas essas cidades, com BH oferecendo mais opções de horário, naturalmente, a menos de R$40 a passagem. A terceira alternativa é negociar com um táxi ou uber de confiança para levá-lo até lá da capital mineira, variando o preço entre R$250 e R$300 – ideal para quem está em grupo de quatro pessoas pela comodidade.
Quando ir e o que levar
Como destino turístico tão procurado que é, Ouro Preto está sempre mais cheia durante feriados prolongados e férias escolares, o que deixa os preços de tudo um pouco mais salgados também. Os finais de semana em geral também recebem muitos turistas de locais próximos. Então quem não gosta de tanto tumulto pode priorizar os meses da baixa temporada, mas não se engane: a cidade está sempre recebendo muitos visitantes, o ano inteiro.
O Carnaval reserva um dos eventos mais aguardados de Ouro Preto, com as inúmeras repúblicas estudantis recebendo jovens de todas as partes para curtir os cinco dias de festa sem parar. Outras datas que costumam receber mais gente do que o normal são as celebrações religiosas da Semana Santa e de Corpus Christi.
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Também pode ser melhor evitar os meses de novembro a março por fazerem parte da estação de chuvas. E as ruas e ladeiras de pedra da cidade não são muito convidativas quando estão molhadas. Existem ainda alguns eventos que podem atrair o interesse para visitar Ouro Preto na ocasião: o Festival de Inverno em julho, as Cavalhadas em setembro, a Festa do Doze em outubro e o Festival de Jazz em dezembro são alguns dos principais.Por ser um destino basicamente de observação das tradições da cidade, caminha-se muito quando vai para Ouro Preto. E com as ruas de pedra e muitas ladeiras, é essencial levar sapatos confortáveis e roupas leves para não sofrer durante a viagem. Em geral não é preciso se preocupar tanto com frio ou calor, já que as temperaturas jamais ficam extremas durante o ano todo.
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O que fazer em Ouro Preto
Igrejas, igrejas e mais igrejas. Pode parecer repetitivo, mas não subestime a beleza de cada uma delas e visite tantas quanto puder. Todo o clima de 200 a 300 anos atrás é o que torna a viagem a Ouro Preto mais gostosa, com uma sensação inesquecível de retorno ao passado e aos tempos do Brasil colonial – que é causada principalmente pela arquitetura barroca das igrejas e casarões antigos.
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As igrejas da cidade são verdadeiros paraísos artísticos, com muita ornamentação a ouro para exaltar a riqueza do período de extração do metal nas redondezas. E ainda costumam reunir obras de arte de nomes como Aleijadinho e Mestre Ataíde. No geral, elas cobram entrada para ajudar a manter a preservação e não é permitido tirar fotos na parte de dentro. São mais de 20 no total na cidade, então vale a pena priorizar as mais importantes caso esteja com tempo apertado para a visita.
As principais igrejas, em importância histórica e arquitetônica, são: Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar, Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias, Igreja de São Francisco de Assis, Igreja de Santa Efigênia, Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Mas não deixe de visitar outras caso faça parte do seu caminho e estejam abertas – os horários variam entre cada uma e podem ser um pouco confusos.
Os museus também ocupam um espaço significativo nas visitas turísticas a Ouro Preto. Com uma história tão rica no passado, é natural que a cidade tente mostrar aos visitantes como se tornou o que é hoje. E o Museu da Inconfidência é ideal para conhecer melhor um dos capítulos mais importantes do período colonial. Para quem deseja saber mais sobre o ciclo do ouro, é imperdível o Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas/UFOPS. Já o Museu de Aleijadinho mostra a vida de um dos artistas mais importantes do Brasil. Outras excelentes opções de passeio cultural são o Museu do Oratório e o Museu de Arte Sacra. Quem prefere mergulhar nos séculos XVIII e XIX pode visitar um dos muitos casarões ainda em ótimo estado de preservação – como a Casa de Tomás Antonio Gonzaga, a Casa da Ópera e a Casa dos Inconfidentes, todas centro culturais.
Visitar as antigas minas de ouro é outro passeio bastante interessante para conhecer o passado. São acompanhadas por guias, que contam a história da mineração na cidade e o trabalho escravo que era usado para isso. Entre as mais famosas estão a Mina da Passagem, a Mina do Chico Rei, a Mina de Santa Rita, a Mina do Jejê e a Mina du Veloso.
Ah, e um dos passeios mais procurados por lá é a viagem de Maria Fumaça até Mariana. A cidade vizinha fica a apenas 15 km de distância, também possui grande importância histórica na região e definitivamente vale a visita. Tiradentes, São João Del Rei, Congonhas e Inhotim também são próximas, são importantes e charmosas – e recebem muita gente vinda de Ouro Preto em passeios de um dia, bate e volta.
Quando o assunto é o ecoturismo, também não falta o que fazer na região. Trilhas como a para o Pico do Itacolomi e para a Cachoeira de Lavras Novas atraem bastante gente até lá. O Parque Municipal da Cachoeira das Andorinhas é outro ponto turístico imperdível, assim como o Mirante do Custódio e o Mirante do Morro de São Sebastião, entre outros
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Para fechar um dia de passeios, ainda vale a pena conferir o por do sol no topo do Museu da UFOP, considerado o mais bonito da cidade.
Comes e bebes
Estamos falando de Minas Gerais, então não falta comida e bebida de qualidade para curtir dia e noite. Quitutes típicos do interior do Estado podem ser encontrado em abundância, como o tutu de feijão, o torresmo, o doce de leite e queijos e linguiças de todos os tipos. Frango com quiabo, feijão tropeiro e costela são outros pratos bastante pedidos por lá.
Para beber, não faltam bares e botecos, tendo a cachaça mineira como especialidade local. A vida noturna é animada em Ouro Preto graças à enorme concentração de estudantes nas repúblicas da cidade – que costumam organizar festas todos os finais de semana, basta descobrir qual será a da vez. A cidade é bastante boêmia, então não faltam alternativas para apenas parar e sentar, bebendo uma cerveja ou uma cachaça, enquanto come petiscos mineiros descansando para andar e aproveitar muito mais no dia seguinte.