Roteiro de 3, 5 e 7 dias pelos LENÇÓIS MARANHENSES

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E se a gente te contasse que há um lindo deserto no Brasil, digno de qualquer cenário paradisíaco internacional? Esse cantinho fica no Nordeste, no estado do Maranhão, sendo considerado um dos Parques Naturais de maior importância para o nosso país. Os Lençóis Maranhenses estão de braços abertos para recebê-lo durante o ano inteiro – claro que em algumas épocas eles se tornam mais que belos e atrativos -, então o que acha de programar uma viagem, mesmo que rápida, para lá?

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Para te ajudar com o planejamento, preparamos um roteiro bem completo de 3, 5 e 7 dias pelos Lençóis Maranhenses para você aproveitar ao máximo esse destino. Contaremos ainda sobre qual a melhor época para programar a sua viagem, pois essa informação é mais que importante para qualquer turista que deseja aproveitar todas as atrações de lá. Veja.

Roteiro de 3 dias pelos Lençóis Maranhenses

Os primeiros dias nos Lençóis Maranhenses vamos explorar a porta de entrada da maioria dos turistas que chegam por aqui: a cidade de Barreirinhas. Dá para explorar essa região nos três dias, conhecendo as principais lagoas que fazem parte desse cantinho do Parque Nacional.

Dia 1 – Chegando em Barreirinhas

Tire um dia para aproveitar os atrativos da própria cidade. Apesar de Barreirinhas ser quase que uma cidade de passagem, lugar onde você contrata os passeios, de onde sai e para onde volta em deslocamentos de um único dia, ainda há muito o que ver por aqui.

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No centro da cidade você encontra o Centro de Artesanatos de Barreirinhas. Produtos feitos principalmente da palha de buriti e da carnaúba, que são duas plantas muito abundantes nessa região. O Centro de Artesanatos está na Praça do Trabalhador, que também é um ótimo ponto para registrar a sua viagem.

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Já que estamos falando em artes e trabalhos artesanais, você também pode tirar algumas horinhas desse primeiro dia para visitar a Artesania, uma galeria de artes bem diferente. Aqui é possível encontrar miniaturas em barros, bijuterias feitas com materiais regionais, cerâmicas e tudo o que representa a cultura local.

Logo após almoço você pode iniciar a sua tarde com um passeio de boia pelo Rio Formiga. Pequeno e com águas bem calma, você ainda pode parar para dar aquele mergulho. Esse passeio é feito apenas com guias, então é importante agendar com antecedência, principalmente se você está viajando em período de alta estação.

Dia 2 – Explorando o Rio das Preguiças

No segundo dia dá para fazer um passeio de barco pelo Rio das Preguiças. Esse é o principal rio da cidade e dá para percorrê-lo sobre uma Voadeira, como é chamado um pequeno barco de alumínio que desce essas águas todos os dias. No caminho você passa e pode parar em Vassouras, onde já é possível observar alguns lençóis pequenos.

Em Vassouras dá para aproveitar algumas horas nas poucas barracas que ficam à beira do rio. As dunas que cercam esse pequeno povoado são completamente exploráveis e de fácil acesso. Aproveite-as bastante, pois o cenário é espetacular. Aqui você também encontra muitos macaquinhos que ficam pelos coqueiros, principalmente aqueles dos restaurantes locais, onde a sombra é maior. Com um pouco de sorte você consegue tirar foto com um mais mansinho.

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Outra parada incrível que é possível fazer nesse passeio é no Farol das Preguiças. São 35 metros de altura que lhe permitirão observar toda a cidade de Barreirinhas, Atins e Caburé. Uma parte do parque também é observada daqui. Para chegar ao topo, é preciso um pouco de esforço. São 160 degraus até o alto do farol, que você pode enfrentar com calma, pois a vista vale muito a pena.

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O passeio pode ser contratado por pessoa ou por grupo. Se você não está viajando sozinho, pode ver essa segunda possibilidade que é muito mais vantajosa.

O retorno do passeio de barco pelo Rio das Preguiças pode ser feito no final da tarde, onde você aproveitará completamente o pôr do sol do seu segundo dia de viagem. Com certeza um espetáculo apaixonante.

Dia 3 – Conhecendo Atins e região

Assim como você passou pelo pequeno povoado de Vassouras no seu segundo dia de viagem, há outros pequenos lugares que não podem ficar de fora do seu roteiro. Atins é o mais tradicional deles e serve de base para quem está fazendo circuitos diários pelo Parque dos Lençóis Maranhenses.

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A melhor forma de chegar neste primeiro povoado é usando uma Voadeira. A partir do centro de Barreirinhas, é 1h30min de viagem até aqui. Indicamos que você parta ainda no segundo dia a noite, aproveitando o último barco de Barreirinhas, ou pegue o primeiro, que sai antes do sol raiar. Dessa forma dá para aproveitar o dia inteiro sem preocupação.

Caso queira economizar cada minuto da sua viagem, já que ela é mais curtinha, dá para chegar em Atins já com um passeio fechado para metade do seu dia. Com esse é possível circular por aproximadamente 6 horas por toda a região, com direito a parada nas principais lagoas, como é o caso da Lagoa do Canto, a maior da redondeza. O passeio custa em média 200 reais por pessoa (valores de 2016) e se você viaja em grupo de até 4 amigos dá para conseguir um bom desconto, pois é a quantidade máxima por barco.

Outra opção é dedicar o dia para explorar Atins sem passeio fechado, mas com um guia particular, o que pode ser mais favorável, pois você tem a liberdade de escolher o tempo que vai passar em cada ponto. Passe algumas poucas horas circulando pela vila de pescadores local, conhecendo toda a história, cultura e algumas tradições dessa gente. É um passeio bem agradável e divertido. Você sempre encontrará um morador disposto a contar tudo sobre o vilarejo.

Em Atins você tem a opção de algumas lindas praias, lagoas e igarapés. Indicamos que alugue um jipe e siga até a Lagoa da Capivara e a Lagoa Tropical. São cerca de 25 minutos de trajeto e logo na chegada você se depara com duas lindas lagoas, com águas verdinhas e chamativas para aquele mergulho. Se você é amante de trilhas, pode também fazer esse percurso até as duas lagoas caminhando. Nesse segundo caso, a caminhada dura cerca de 30 a 40 minutos, sem subidas muito íngremes, mas passando por algumas dunas mais baixas.

Na volta, já dá para seguir até Santo Amaro, que você pode explorar no dia seguinte.

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Roteiro de 5 dias pelos Lençóis Maranhenses

No quarto e no quinto dia é a vez de explorar mais um pouquinho da região de Atins e outro lindo, pequeno e charmoso povoado da região, Santo Amaro. Você poderá também fazer alguns passeios por aqui de jipe, buggy e ainda realizar mais caminhadas sobre as dunas das redondezas.

Dia 4 – Um dia pela Lagoa Verde e Canto de Atins

Reservamos um dia inteiro para essas duas lagoas por ser mais viável fazer um bate-volta e, para quem busca economizar um pouco, contratando um único passeio é bem mais fácil e rápido. Dá para contratar um carro 4 x 4 para levá-lo até o Canto de Atins. Ele é chamado assim por realmente ficar em um cantinho da cidade, quase escondido de tudo, mas quando você chega aqui, descobrirá um cenário maravilhoso.

Foi nessa região que parte do filme Casa de Areia foi filmado. O que é mostrado na produção, sobre a força dos ventos que chega a cobrir as casas é de fato verdade. Você encontrará várias cabanas de palha apenas com o teto para fora. As dunas, que se movimentam durante o ano inteiro, obrigam muitas famílias a mudarem porque a areia acaba por sobrepor-se sobre as pequenas vilas espalhadas na região.

No Canto de Atins uma paradinha é obrigatória para provar os Camarões da Luzia. O restaurante é simples, mas os pratos saborosos. Pertinho do restaurante famoso, abriu um outro, do irmão da Luzia, com ambiente aconchegante e comida igualmente deliciosa!

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Continuando o passeio, você pode aproveitar o mesmo transfer para chegar até a Lagoa Verde. Dependendo da época do ano, esse trajeto passará por alguns rios que cortam as dunas locais, formando um caminho único e muito bonito. Já no período de seca você verá mais as dunas e pequenas aglomerações de água. Não menos bonitas, mas não tão imponentes.

Para quem preferir, dá para seguir também caminhando. São três quilômetros no total, onde você percorrerá todos sobre dunas de areias muito finas. É uma caminhada um pouco cansativa, então indicamos que você tenha uma reserva de água, não esqueça do protetor solar e faça paradas sempre que achar necessário. O percurso tem muitas pequenas lagoas, onde dá para mergulhar e refrescar bastante.

Com águas realmente verdes, essa é uma das mais lindas de toda a região. Por ficar mais escondida, você não verá muita gente por essas águas. O cenário é bem paradisíaco e encantador.

Dia 5 – Conhecendo Santo Amaro e Região

Aqui também tem algumas lagoas que valem a pena parar por algumas horas, como a Lagoa da Gaivota. Santo Amaro do Maranhão é uma entrada alternativa para o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses e fica escondidinha em meio a lindas e imensas dunas.

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Você encontrará uma vila simples, muito rústicas e que desponta em um cenário de cinema. Já é possível chegar aqui e partir direto para a Lagoa da Gaivota, que lhe espera com as águas mornas e azul turquesa. É preciso apenas um pouco de atenção, pois ela tem cerca de dois metros e meio de profundidade, o que foge do padrão das lagoas vizinhas, que são bem mais rasas.

Seguindo um pouco a partir da Lagoa da Gaivota você tem as chamadas Lagoas Emendadas. São uma sequência de várias lagoas seguidas e, que por serem muito juntas não têm nome. Reserve algumas horas para elas e aproveite um pouco de cada uma dessas águas.

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Para fechar seu dia em Santo Amaro, continue até a Lagoa de Betânia. Essa fica bem mais afastada e é indicado que você faça um passeio de agência, mesmo que já conheça o trajeto. Deixe a Lagoa de Betânia para a sua tarde para que você possa aproveitar o pôr do sol daqui.

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Roteiro de 7 dias pelos Lençóis Maranhenses

Chegamos aos dois últimos dias de viagem pelo Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. No sexto dia, queremos que você o dedique inteiro à Praia de Caburé, considerada a mais bonita de todos os Lençóis Maranhenses. Já no último dia, indicamos que conheça as duas lagoas que ficam bem próximas e que não podem ficar de fora do seu roteiro Lagoa Azul e Lagoa Bonita. Dá para aproveitar a primeira durante a manhã e a segunda à tarde, pois é quando você terá o mais belo pôr do sol de toda a sua viagem.

Dia 6 – Um dia inteiro na Praia de Caburé

Após esse passeio no quinto dia de viagem, pode pegar um quadriciclo até a Praia de Caburé e aproveitar um dia inteiro de sol. Pode até parecer muito tempo dedicado à uma única atração, mas você perceberá que na verdade não é. Caburé é muito bonita e cada detalhe daqui é de cair o queixo. Essa é uma linda praia que fica a 45 quilômetros de Barreirinhas – caso você queira visitá-la a partir da cidade principal -. Dá também para seguir direto de Santo Amaro, caso você tenha contratado um transfer.

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Em Caburé você encontra restingas, dunas, lagoas, cerrado e muitas atrações que rendem muitas horas circulando por aqui. Também há uma opção de passeio de barco para até duas pessoas que indicamos fazer no final da tarde.

Se você partir de Barreirinhas com um passeio, eles pararão por cerca de três horas para você aproveitar essas águas e registrar a paisagem local. A Praia de Caburé está bem próxima do rio, então com uma pequena caminhada você também consegue aproveitar as águas doces e ainda mais tranquilas, já que o mar da região é bastante agitado.

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Caso queira ficar hospedado por aqui, você tem a opção de poucas pousadas, mas todas com uma estrutura muito simples. Aliás, tudo o que você encontrará por essa região é bem rústico e simples.

Dia 7 – Lagoa Azul e Lagoa Bonita

Você pode dormir em Atins ou em Santo Amaro e seguir logo cedo na manhã do penúltimo dia para duas lindas lagoas que ficam nas redondezas. Indicamos, porém, que volte até Barreirinha para economizar algumas horas de trajeto. De Barreirinha até as lagoas você pode ir de jipe, o que transforma a viagem em uma aventura muito maior.

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A empresa de turismo pegará você no hotel e levará até a balsa do Rio Preguiça, aquele que você conheceu no primeiro dia. Você o cruzará em alguns minutos e depois enfrentará um caminho todo de areia, atravessando também alguns pequenos rios. Se faz esse percurso em uma época chuvosa, pode demorar bem mais do que o esperado, por isso indicamos fazer em um mês onde não há tanta incidência de chuva.

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A primeira lagoa é a Azul (esta da foto acima) e você não conseguirá chegar até aqui de Jipe. O carro faz uma parada e é preciso caminhar por alguns minutos. Essa é a mais visitada, por ficar muito perto do “estacionamento” onde ficam os carros das agências e guias particulares. Após algumas horas e bons mergulhos aqui, siga até a lagoa Bonita (a da foto abaixo). Para avistá-la é preciso seguir por algumas dunas, caminhando um pouco mais, mas não é nenhum trajeto longo ou cansativo.

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Uma boa dica é seguir para a lagoa Bonita já no final da tarde para poder aproveitar o pôr do sol deste último dia de viagem.

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Como chegar aos Lençóis Maranhenses

Barreirinhas é a cidade-destino de quem quer visitar os Lençóis Maranhenses e é preciso um deslocamento a partir da capital.

O aeroporto mais próximo é o de São Luis, que fica a cerca de 260 quilômetros de Barreirinhas. Para os que dispõem de um orçamento maior, há um voo de bimotor entre São Luis e Barreirinhas. O cenário é incrível.

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Entretanto, as opções mais viável são de ônibus e vans. A empresa Cisne Branco é a que faz a linha São Luis-Barreirinhas diariamente, em vários horários – geralmente coordenados após a chegada dos voos principais.

Outra alternativa é pegar uma van. Há várias empresas que oferecem o translado direto do aeroporto até o hotel em Barreirinhas. O custo é um pouco mais alto que do ônibus, porém compensa pela comodidade e horários. A BRTur é uma das empresas que oferecem o serviço e é sempre bom reservar antes, pois as vans costumam encher, principalmente na alta temporada (fevereiro a maio – veja abaixo).

Quando visitar os Lençóis Maranhenses

Escolher com atenção a época da sua viagem é mais que importante. Claro que há lagoas e dunas o ano inteiro para curtir, mas dependendo do mês você as encontrará mais cheias e terá opções extras de passeio. Essa dica vale mais para quem pode programar a época da própria viagem. Se você só consegue viajar nos meses de baixa estação, também não desanime. Com certeza dará para aproveitar muito porque o destino é maravilhoso!

Basicamente, a região dos Lençóis Maranhenses tem duas estações por ano. A primeira vai de fevereiro até maio, sendo a época que mais chove. É justamente quando você deve dedicar esses 3, 5 ou 6 dias ao parque. A partir de junho as lagoas começam a secar e chegam em seu nível mais crítico em setembro e outubro. Novembro, dezembro e janeiro é quando as águas começam a brotar. Nesses dois primeiros meses ainda há muita baixa, mas em janeiro quase todas as lagoas do parque estão prontas para receber os turistas.

Esse calendário é certo? Não! Saiba que o clima no Brasil é muito imprevisível e as chuvas podem mudar totalmente de época. Para tirar todas as suas dúvidas sobre as expectativas acerca das chuvas, basta entrar em contato com o ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, pelo número (98) 3349 1267.

Onde ficar nos Lençóis Maranhenses

A estrutura hoteleira da região no entorno do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses é bem simples e rústica, porém acomoda muito bem todos os turistas que visitam o local.

Barreirinhas é a cidade principal e onde se concentram os hotéis e pousadas. Os mais centrais são mais econômicos e de fácil deslocamento a pé para quem chega de ônibus, que vem de São Luis e pára pertinho da igreja central.

Um pouco mais distante do centro há outra opções de hotéis, inclusive alguns bem luxuosos e aconchegantes. A distância não é problema, pois, em geral, todas as agências de turismo e receptivos locais oferecem translado e pegam e deixam os turistas em qualquer hotel em todos os passeios.

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Agora que você já sabe como escolher a melhor época para visitar os Lençóis Maranhenses e tem um roteiro prontinho para a sua viagem, o que acha de começar a programar essa visitinha a este cantinho delicioso do Nordeste? Esperamos você por aqui, combinado?

Por Guia Viagens Brasil Texto: Thaisy Sluszz Fotos:  Ricardo Junior 09 de novembro de 2016


 

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